Os vereadores da coligação Fazer Diferente (PSD/CDS-PP) de Cabeceiras de Basto informaram, na última reunião do Executivo, quer o Presidente da Câmara Municipal, quer os restantes vereadores, de que, “não havendo avanços muito significativos sobre a realização de uma auditoria externa até ao final do presente mês de setembro, não haverá condições de viabilizar, de forma alguma, o Orçamento para o ano de 2023”.
Em nota enviada a O MINHO, a Coligação lembra que, “como é do conhecimento público, na reunião de Câmara Municipal do passado 13 de maio, foi aprovada uma auditoria externa às contas da Câmara Municipal e das empresas municipais com maioria de capital, por esta controladas”.
E prossegue: “Como consta da ata dessa reunião “… O processo de contratação deverá ser iniciado de imediato, para a adjudicação se realizar antes de um de julho de dois mil e vinte e dois e assim termos o relatório de auditoria até ao final de setembro de dois mil e vinte e dois.”
Para os vereadores do PSD e do CDS (na oposição), “um dos objetivos desta auditoria seria o de permitir uma melhor e mais aprofundada análise às contas, tendo em vista o Orçamento para o ano de 2023, sendo por isso fundamental a sua conclusão até ao final de setembro de 2022”.
Contratempos
O comunicado salienta que, na última reunião do mês de julho, a Coligação questionou o presidente da Câmara sobre o ponto de situação deste processo, tendo este informado que “havia alguns contratempos, mas que estava em curso”.
Ora, sublinham – “até à última reunião do Executivo Municipal de 9 de Setembro, ou seja, quatro meses após a aprovação da auditoria externa, nada de novo foi apresentado sobre este tema”.
E concluem os autarcas: “Isto é demonstrativo de que o Partido Socialista não está interessado na realização desta auditoria externa, sabe-se lá porque motivos, e não cumpre com o que é aprovado nas reuniões do Executivo Municipal”.
Recorde-se que o PS venceu as últimas eleições municipais, elegendo três vereadores, tendo a coligação eleito dois e o movimento Independentes por Cabeceiras outros dois. Daí que o presidente da Câmara, Francisco Luís Teixeira Alves esteja a governar sem maioria absoluta.