Dezenas de brasileiros, nomeadamente do Rio Grande do Sul, reuniram-se no último domingo numa quinta em Vila Verde para celebrar a Semana Farroupilha, principal evento cultural daquele estado.
Os organizadores promovem estes encontros desde 2019, sempre perto do dia 20 de setembro, considerado o marco da Revolução Farroupilha, feriado no Rio Grande do Sul e dia em que os gaúchos comemoram o orgulho nas suas tradições.
Para este ano, os organizadores garantiram um evento familiar, onde brasileiros de todos os estados, mas também portugueses e até um irlandês, puderam vivenciar de perto a cultura gaúcha, com chimarrão (bebida típica do estado), churrasco com fogo de chão, onde foi assado o tradicional costelão de 12 horas, além de muita música tradicional, rock gaúcho, trajes e danças típicas, num baile muito animado.
O encontro ocorreu numa quinta que conta com um grande estábulo, que lembra muito aqueles encontrados no interior do Rio Grande do Sul, arrendada pelo Piquete Querência da Saudade, organizador da festa e que tem sede em Braga.
Durante a festa, foram consumidos quase 90 quilos de carne, entre as quais duas costelas de boi, com quase 35 quilos cada uma. Segundo os organizadores, o dia chuvoso contribuiu para que a festa lembrasse ainda mais festividades gaúchas.
A Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, foi uma das principais das chamadas Revoltas Regenciais, entre a saída de D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal), quando o seu filho e sucessor, D. Pedro II, ainda era uma criança e não tinha condições de reinar.
As revoltas tinham objetivos específicos e diferentes. A Revolução Farroupilha teve o seu início no dia 20 de setembro de 1835 e ocorreu até março de 1845.
Durante a revolta, os envolvidos chegaram a proclamara a chamada República Rio-Grandense, que apesar de não ser reconhecida e ter depois voltado a ser Brasil, é um importante instrumento de identidade para os gaúchos até hoje.