A empresa municipal BragaHabit vai demolir mais seis casas no Bairro Social do Picoto e realojar, até ao final do ano, em apartamentos, as mais de 20 pessoas que nelas residem, disse hoje a O MINHO o seu administrador.
Carlos Videira revelou que, como o programa estatal 1.º Direito já não tem verba para a compra de apartamentos, pelo que, a Bragahabit vai reabilitar alguns que já detém para neles colocar as famílias: “há várias casas muito degradadas no bairro, algumas em risco dado que – e de acordo com um relatório da Proteção Civil – pode haver deslocamento ou abatimento de terras”, explicou.
O gestor salientou que, quer pelo tipo de materiais que foi usado na construção do Bairro quer pelo estado de pré-ruína em que as habitações se encontram, “não é viável a sua reconstrução ou reabilitação”.
Acrescentou que, a empresa está em consultas com os moradores, para que estes se pronunciem sobre a nova casa que lhes será atribuída, devendo o processo ficar concluído em dezembro.
Seis foram demolidas em 2023
Recorde-se que, a Bragahabit procedeu, em finais de 2023, à demolição de outras seis casas, e respetivo realojamento de 27 pessoas: “em princípio é para continuar a demolir, mas essa será uma decisão política que a Câmara terá de tomar em 2025 e nos anos seguintes”, sublinhou.
Em 2023 havia 140 pessoas em 44 casas, número esse que baixa agora para menos de cem em 32 habitações.
O Bairro do Picoto foi construído em 1998, durante a gestão camarária do socialista Mesquita Machado, em terrenos então pertencentes à Arquidiocese, representando um investimento camarário de 1,9 milhões de euros para 50 fogos habitacionais.
