O suspeito de atos de vandalismo cometidos no penúltimo fim de semana, em Braga, ficou ao final da tarde desta sexta-feira em prisão preventiva, por se ter ausentado de casa, sem autorização judicial, apesar de então se encontrar com obrigação de permanência na habitação (vulgo prisão domiciliária), em Real, Braga.
Daniel C., de 27 anos, conotado com vandalismo, principalmente, está indiciado pelo furto dentro de uma moradia, em Nogueira, incêndio de um automóvel e danificação de outros carros nas imediações da Decathlon e o apedrejamento do Palácio da Justiça de Braga, a par do vizinho escritório da ERA, mas o interrogatório judicial a que foi sujeito durante a tarde desta sexta-feira ficou a dever-se a sair de casa por diversas vezes, o que foi acusado pelo controlo remoto através da sua pulseira electrónica, pelos técnicos da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a quem compete fazer a monitorização, a partir do Porto.
Aquando da sua detenção, pela PSP de Braga, Daniel Coelho confessou integralmente e sem reservas, os crimes de incêndio de um automóvel e de vandalismo em outros veículos no parque de estacionamento da Decathlon, bem como o apedrejamento do Palácio da Justiça de Braga e igualmente em estabelecimentos comerciais na zona envolvente de Santa Tecla, como a ERA.
Daniel C., nascido em 1994, solteiro, atualmente sem profissão, saiu já do Tribunal de Instrução Criminal de Braga, a caminho do Estabelecimento Prisional de Vale do Sousa, na Serra da Seroa, em Paços de Ferreira, onde ficará em regime de quarentena, devido à pandemia mundial, após o que será transferido para a Cadeia Regional de Braga.
O jovem confessou ainda inicialmente à PSP o incêndio, na fábrica, em Ferreiros, mas as perícias da Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Braga e da Diretoria do Norte, ambas, apontam para uma situação acidental como estando na origem do fogo.
Aliás, caso houvesse indícios mínimos da eventual autoria de um crime como aquele da dimensão da fábrica, em Ferreiros, Daniel nunca teria ido na ocasião para casa com pulseira eletrónica, teria ficado desde logo em prisão preventiva.
Sem antecedentes criminais, estava referenciado por alguns desacatos com a família e terão sido essas desavenças, a par das dificuldades financeiras, que o levaram a uma espiral de vandalismo, quer na Decathlon, quer no Palácio da Justiça de Braga, que confessou, bem como o motivo imediato da sua detenção, furto dentro de uma residência, na localidade de Agrelo, da freguesia de Nogueira, em Braga, onde foi surpreendido pelo proprietário, sendo o princípio do fim de dois dias atribulados, tudo fruto de instabilidade emocional pela qual tem passado, segundo confessou já na Polícia de Segurança Pública.