Braga: Projeto do prolongamento da Variante do Cávado também “está quase”

Obra a ligar Frossos a Ferreiros custa 20 milhões
Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

O Município de Braga está, também, a finalizar o projeto de prolongamento da Variante do Cávado, de Frossos – onde termina atualmente – até Ferreiros, no sul da cidade, nomeadamente à zona do hipermercado E.Leclerc, com 15 quilómetros.

“Está quase pronto, mas, depois teremos de fazer o estudo de impacto ambiental em coordenação com a APA-Agência Portuguesaa do Ambiente”, disse a O MINHO a vereadora das Obras Públicas, Olga Pereira.

A obra custa 20 milhões – com expropriações – e, como é uma via municipal, não tem apoios europeus.

“O orçamento camarário não tem meios para a fazer”, sublinhou a vereadora Olga Pereira, pelo que – vincou – o Governo terá de apoiar a sua concretização.

Logo que concluída tirará milhares de carros da urbe, os que vão em direção a Vila Verde, Amares, Gerês e para o Alto Minho. E que deixam de demandar o congestionado Nó de Infias.

Em projeto estão, ainda, as ligações aos parques industriais de Pitancinhos e de Adaúfe.

Recorde-se que em 2022 ficou concluída a obra de prolongamento da Variante, com 1.134 metros, a partir da rotunda do centro comercial Nova Arcada até Frossos e que beneficia em especial as freguesias de Palmeira, Real e Dume.

Em paralelo, o Município fez um acordo com a agência Portuguesa do Ambiente para a renaturalização do poluído rio Torto, um dos anseios dos moradores da zona.

Nó de Infias vai a votos na Câmara

Recorde-se que, o Instituto de Estradas de Portugal (IP) comunicou ao Município de Braga a aprovação final do projeto de requalificação do Nó de Ínfias, uma obra que vai custar 11 milhões de euros e que pode avançar ainda em 2025. E que vai resolver o que é tido como “o cancro rodoviário da cidade”

A vereadora adiantou que o projeto será apresentado e votado sexta-feira em reunião do Executivo: “o ministro do setor vem a Braga ainda em fevereiro anunciar a conclusão desta fase”, adiantou.

A Câmara financiou o projeto em 50 por cento do seu custo, tendo o mesmo sido apresentado publicamente em 2023. De então, para cá, – salienta – “o IP demorou mais de dois anos a analisar, uma por uma, as especialidades do projeto (redes de águas residuais e pluviais (escoamento), de comunicações, rede elétrica e aspetos paisagísticos), o que terá acontecido por falta de vontade política do antigo governo do PS”.

De qualquer modo, e antes que o Governo lance o concurso público, o estudo de arquitetura e de execução terá, também, de ser analisado pelo IMT- Instituto da Mobilidade e dos Transportes.

Viaduto com 220 metros

A obra envolve a construção de um viaduto com 220 metros e a reformulação das vias. Decorrerá sem que o Nó seja fechado, sendo apenas desviadas algumas vias até que o viaduto esteja pronto.

Quando os trabalhos findarem, as filas – que chegam a ter quatro quilómetros – e os respetivos tempos de espera, nas horas de ponta diminuem mais de 80 por cento, ou seja – disse – o atraso total, dos 110 mil veículos que circulam diariamente nas vias envolvidas, passará de 374 horas em 2021, para de 76h em 2043, na hora de ponta da manhã, e de 507h (2021) para 27h (2043), na hora de ponta da tarde.

A intervenção permite uma ligação direta e sem conflitos para os movimentos de veículos nos sentidos Norte/Este e Oeste/Norte, através do viaduto. Paralelamente, serão reformuladas as ligações Sul/Norte e Este/Sul, para minimizar as interferências entre correntes de tráfego. A intervenção fará com que a atual rotunda desnivelada deixe de funcionar no seu quadrante sul.

 
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