Os pais de um menino de três anos, que sofre de autismo, estão a promover uma segunda recolha de fundos para pagar as terapias do filho.
“Não pedimos ajuda por pedir. Fazemo-lo porque o Estado não cumpre a sua obrigação de apoiar as terapias do nosso filho, o Alexandre, de três anos que necessita de fazer tratamento numa clínica especializada, por sofrer de autismo”, disse a o MINHO, a mãe, M. Fernandes, que reside em Braga.
A criança fez os tratamentos, nos últimos meses, mas deixou de os fazer, dado que a verba angariada, e generosamente partilhada por muitos cidadãos, na primeira recolha de fundos, divulgada por O MINHO, se esgotou este mês. “Precisamos de mais dinheiro porque, sem as terapias, o Alexandre fica muito agitado, e porque precisa de se desenvolver a todos os níveis”, salientou a progenitora.
Os pais estão a recolher fundos para que tenha terapia da fala e ocupacional, bem como apoio psicológico. O diagnóstico médico receita-lhe esses tratamentos, mas o SNS (Serviço Nacional de Saúde) não responde a tempo.
O casal, ela com 24 e ele com 26 anos, já pediu ao SNS a realização de uma junta médica para avaliação do grau de incapacidade do menino e escreveu ao Presidente da República e ao primeiro-ministro pedindo-lhes que ajudassem a resolver o problema. Mas, até agora, nada.
Os dois têm outros três filhos, com idades entre os dois e os seis anos, e pagam uma renda de 550 euros mensais. Daí que precisem de cinco mil euros, o custo de sete meses de tratamentos.
Precisa das terapias
A mãe adiantou, e conforme o O MINHO já noticiou, que o médico que detetou o autismo refere expressamente que precisa daquelas terapias: “deram-nos uma credencial, mas o SNS não responde atempadamente às solicitações e tem uma longa lista de espera. E não podemos ficar à espera, temos de o tratar, para já, em clínicas particulares”, observa.
“O Alexandre é um menino especial a quem, com 2 anos e 6 meses, foi diagnosticado ‘autismo moderado a severo’. É seguido no hospital em diversas especialidades como as de neonatologia, pedopsiquiatra e pediatria de desenvolvimento, mas não progride sem aquelas terapias”, sublinha.
Campanha em curso
A campanha de angariação de fundos – que decorre na plataforma ‘gofundme.com’ sob o lema ‘Alexandre: o meu menino especial’ – visa ajudá-lo “a ter uma vida social melhor e a conseguir falar como as outras crianças, pois foi diagnosticado como uma criança não verbal uma vez que o seu desenvolvimento está atrasado para a idade”.
E sublinha a progenitora: “O Alexandre não tem noção do perigo, tem episódios de agressividade, com ele próprio e com os outros. Pedimos a quem puder ajudar com, pelo menos, um euro que para que ele consiga fazer as terapias no setor privado uma vez que cada sessão de terapia da fala de 45 minutos custa 30 euros”.
Quem quiser contactar a família pode fazê-lo, através do e-mail [email protected]. Para ajudar aqui fica o IBAN: PT50 0007 0000 0054 0421 3392 3. Podem, ainda, fazê-lo, por MB Way para o número 933 232 350. Pode aceder à página da angariação de fundos neste link.