Braga investe na protecção dos recursos hídricos das zonas afectadas pelos incêndios

Incêndios do ano transacto.
Foto: Divulgação

Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, e Altino Bessa, vereador, participaram esta sexta-feira na visita aos trabalhos de protecção dos recursos hídricos das zonas afectadas pelos incêndios no concelho no ano transacto.

Como explicou Altino Bessa, a autarquia efectuou, logo após os acontecimentos, um levantamento das linhas de água afectadas e do tipo de intervenções necessárias e enviou um relatório sobre o impacto negativo deste incidente para a Agência Portuguesa do Ambiente e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Ricardo Rio enalteceu os trabalhos de prevenção e limpeza que têm sido efectuados em articulação com proprietários privados, Juntas de Freguesia e Sapadores Florestais, entre outras entidades.

“É um trabalho que se sente no terreno e que não se esgota. Alia-se a esta componente uma dimensão correctiva de valorização dos cursos de água e de reflorestação e acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos por particulares, inclusivamente com o Município a disponibilizar-se para elaborar projectos que visem o uso de espécies autóctones”, referiu.

Para efectuar estes trabalhos de limpeza e desobstrução em rios e ribeiras, que se iniciaram no passado mês de Setembro, num montante global de aproximadamente 340 mil euros, o Município recorreu a financiamentos atribuídos pela Agência Portuguesa do Ambiente através do Fundo Ambiental e pelo PDR 2020, ao qual se junta uma componente de investimento municipal.

As intervenções visam proteger as encostas e recuperar o regime hidrológico das linhas de água, entre outras medidas de protecção, como a recuperação de infra-estruturas danificas, controlo de erosão, obras de correcção torrencial de pequena dimensão e instalação de faixas de protecção através de sementeira/plantação.

As obras estão a ter lugar nas seguintes freguesias: Esporões, União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães; Nogueiró e Tenões; Santa Lucrécia e Navarra e Crespos e Pousada. As intervenções deverão estar concluídas até final do ano, podendo este prazo alongar-se no caso de se verificarem condições climatéricas adversas à realização dos trabalhos.

A reabilitação das linhas de água permite o controlo dos episódios de cheias, o aumento da qualidade da água, o controlo dos processos erosivos nas margens, a melhoria da qualidade dos solos e a maior preservação da biodiversidade.

 
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