A Câmara de Braga aprovou, em reunião do executivo, a compra de uma parcela de terreno, composta por frações e prédios habitacionais, na Rua dos Galos, freguesia de São Lázaro, por 190 mil euros, sendo que a avaliação imobiliária feita apontou que valeria 249 mil.
Os prédios dos Galos, uma zona muito degradada nas margens do rio Este, vão ser reabilitados pela autarquia, no Quadro da Estratégia Municipal de Habitação, o que irá responder às necessidades de 47 pessoas.
O investimento nos Galos é de que 566 mil mas, ao todo, aquela ‘Estratégia’ prevê a intervenção em casas para 1.284 agregados (3.632 pessoas), com um investimento total de 4,5 milhões dos quais, 2,3 virão do Instituto de Habitação e Reabilitação e 2,2 dos cofres municipais.
O pelouro do Urbanismo e Habitação, liderado pelo vereador João Rodrigues, salienta que os prédios, que se situam a sul da cidade, entre a Avenida da Liberdade e a Avenida 31 de Janeiro, mais concretamente no Sítio do Galos, ou zona ribeirinha do Este, “pelo seu enquadramento histórico, apesar da sua pequena representatividade territorial, apresentam uma carga simbólica e patrimonial significativa”.
Degradação generalizada
O documento sublinha que, na área identificada, constata-se uma generalizada degradação, sendo que as soluções urbanísticas e a descaraterização arquitetónica não ajudaram a resolver.
Por isso, “há necessidade de iniciar uma solução urbanística global de reabilitação urbana, de forma a mitigar as ineficiências urbanísticas, revalorizar os espaços e edifícios relevantes, valorizar o potencial ambiental, assegurando a sua articulação com os espaços contíguos e a relação com o restante percurso ribeirinho, o parque São João da Ponte e áreas desportivas”.
A compra dos prédios tem, ainda, em conta que o PERU (Programa Estratégico de Reabilitação Urbana) pretende conservar e recuperar o parque habitacional existente e eventualmente ampliar, melhorando ou criando, também, diversos equipamentos de apoio”.
Reabilitação: de exceção a regra
A Estratégia Municipal – recorde-se – visa criar “as condições para que tanto a reabilitação do edificado como a reabilitação urbana passem de exceção a regra”.
Assim, e de forma a cumprir esta missão, foram apontados quatro objetivos em matéria de política de habitação e reabilitação, complementares e com fortes relações sinérgicas entre si: dar resposta às famílias que vivem em situação de grave carência habitacional; garantir o acesso à habitação aos que não têm resposta por via do mercado; criar as condições para que a reabilitação seja a principal forma de intervenção ao nível do edificado e do desenvolvimento urbano; promover a inclusão social e territorial e as oportunidades de escolha habitacionais.