A empresa municipal AGERE colocou, no concelho de Braga, ao longo do último ano, cerca de mil papeleiras novas com cinzeiro.
A iniciativa dar reposta à ‘lei das beatas’ que entrou hoje em vigor com multas até 250 euros para quem as atirar para o chão.
A Lei n.º 88/2019 relativa à redução do impacto das pontas de cigarros, charutos ou outros cigarros no meio ambiente” estabelece a proibição do descarte em espaço público de pontas de cigarros, charutos ou outros cigarros contendo produtos de tabaco.
“A AGERE, para dar resposta a esta obrigação legal, colocou ao longo do último ano cerca de 1000 papeleiras novas no concelho de Braga com um suporte especial para a deposição de beatas, permitindo assim manter os espaços públicos mais limpos e contribuir para a preservação do ambiente e da saúde pública”, refere a empresa.
No mesmo âmbito, e em colaboração com algumas entidades académicas, a AGERE associou-se a um projeto de investigação e desenvolvimento com o objetivo de desenvolver uma solução que incorpora as pontas de cigarros na construção de tijolos. O uso deste tipo de resíduo permite criar tijolos mais leves, com melhores propriedades de isolamento, além de reduzir em 60% o consumo de energia necessário para a sua produção.
Estima-se que, em Portugal, sejam atiradas para o chão cerca de 7000 beatas por minuto.
A partir de hoje atirar beatas para o chão dá até 250 euros de multa
Os filtros das beatas, para além de na sua composição incluírem o acetato de celulose, um derivado do plástico que pode demorar entre 5 a 15 anos para se decompor, absorvem os poluentes dos cigarros -nicotina, arsénio e chumbo – tornando-se resíduos contaminados que acabam por ser uma fonte importante de poluição e contaminar solos, recursos hídricos e organismos vivos.