Braga foi a cidade do país onde os preços dos quartos para arrendar mais subiram, sendo 35% mais caros do que há um ano, segundo um estudo divulgado hoje pelo portal imobiliário Idealista.
Segue-se Setúbal (27%), Faro (27%), Coimbra (23%), Lisboa (20%), Aveiro (18%), Leiria (17%) e Porto (14%).
Em média, um quarto em Braga custa 350 euros por mês.
Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros em Portugal, onde os preços rondam em média os 506 euros mensais, seguida pelo Porto (400 euros por mês), Setúbal (380 euros por mês), Faro (380 euros por mês) e Aveiro (355 euros por mês).
Por outro lado, das cidades analisadas, as mais económicas para arrendar quarto são Coimbra (270 euros por mês), Leiria (270 euros por mês) e Santarém (290 euros por mês).
Oferta subiu 10% em Braga
A oferta de quartos para arrendar em casa partilhada subiu 71% nos últimos doze meses.
Analisando a oferta de quartos por cidades, verifica-se que o aumento do ‘stock’ foi bastante acentuado no último ano, sendo na sua maioria superior aos 50%.
Foi em Lisboa (146%) onde mais se verificou essa subida, seguida pelo Porto (107%), Leiria (96%), Aveiro (67%), Coimbra (50%), Faro (29%) e Braga (10%). Das cidades analisadas, nenhuma apresentou descida da oferta no último ano.
O perfil de quem partilha casa
“Pessoas com 40 anos, que vivem no centro de grandes cidades e não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma)”, é este o perfil de quem partilha casa em Portugal, de acordo com o Idealista.
A idade média dos habitantes de uma casa partilhada varia em função da zona geográfica, sendo Santarém é a cidade com a média mais alta, rondando os 42 anos. Segue-se Setúbal, com uma média de idades de 40 anos e Braga onde a média é de 39 anos.
No Porto, a média é de 35 anos, seguido por Lisboa (32 anos), Leiria (30 anos), Coimbra (29 anos), Faro (27 anos) e Aveiro (26 anos).
Arrendar quarto não é só para estudantes
Os dados publicados neste relatório revelam que o arrendamento de quartos “não é uma opção habitacional apenas para estudantes, convertendo-se também na opção eleita por jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde”.
“A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa. Por outro lado, partilhar casa continua a ser um estímulo para muitos jovens com vontade de serem independentes e de sairem da casa dos pais, uma tendência que deverá aumentar nos próximos anos”, explica o Idealista.