O diretor pedagógico cessante do Colégio D. Diogo de Sousa, padre Cândido de Sá, demarcou-se das nomeações para a gestão do estabelecimento de ensino e deixou claro nunca ter sido consultado quanto aos nomes a indicar, incluindo o seu substituto.
Cândido de Sá será substituído a partir da próxima segunda-feira por Nuno Cunha, o primeiro diretor da instituição que não é sacerdote, sendo professor há cerca de 25 anos, passando já a sua subdiretora uma professora daquele colégio, Sandra Mesquita.
“O diretor pedagógico atual [Cândido de Sá] não deixou à Arquidiocese, em momento algum deste processo, a indicação ou a recomendação de pessoas para os diversos cargos da nova estrutura, nem deveria fazê-lo, para que a sua nomeação se fizesse com total tranquilidade e sem sujeição a qualquer pressão”, refere, sobre os novos responsáveis, cujos nomes já são conhecidos.
“Do mesmo modo, o atual diretor pedagógico [Cândido de Sá] também não foi previamente informado ou consultado sobre o nome das pessoas, perfil, qualificações, nem sobre as qualidades, profissionais e humanas, dos nomeados, nem tinha de o ser”, diz o diretor cessante, num momento em que vários pais admitiram que tivesse intervindo na nomeação dos novos responsáveis.
“Informações distorcidas e truncadas”
O diretor pedagógico cessante do Colégio D. Diogo de Sousa, padre Cândido de Sá, referiu ainda esta sexta-feira “informações distorcidas e truncadas” sobre mudanças em curso no estabelecimento de ensino, tendo sido já nomeados novos responsáveis.
Em missiva dirigida esta sexta-feira aos pais e outros encarregados de educação dos alunos e à qual O MINHO teve acesso, o padre Cândido de Sá esclareceu os contornos sobre a sua saída daquele estabelecimento de ensino católico da Arquidiocese de Braga.
Aquele sacerdote renovou “a manifestação do seu profundo desagrado pela forma como o processo foi conduzido”, recordando que “a proposta principal de se constituir um grupo de trabalho não tinha sido sequer considerada” pela Arquidiocese de Braga.
Acerca do regulamento de funcionamento e governo dos estabelecimentos de ensino, tutelado pelo Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo, da Arquidiocese de Braga, o diretor cessante afirma “haver algumas informações distorcidas e truncadas”.
“Em abono da verdade, manifestamos a nossa total discordância quanto ao conteúdo, suporte legal, oportunidade e método de implementação do respetivo Regulamento, sugerindo a criação de um grupo de trabalho e reflexão para o efeito”, acrescentou.