O Tribunal de Braga está a julgar um grupo de sete homens, da zona do Porto, acusados de cinco furtos em armazéns ou fábricas, com recurso ao arrobamento de paredes.
Os furtos, que incidiram em Vila Verde, Braga, Trofa, Porto e Barcelos, deram 344 mil euros de ganho aos seus autores.
Para os concretizar, os arguidos saltavam os muros, desativavam as câmaras de vigilância e, com recurso a marretas e outras ferramentas, faziam um grande buraco nas paredes, retirando os produtos de valor caso de chapas de latão, num caso somando várias toneladas.
O grupo, com idades entre os 37 e os 45 anos, integrava Helder Q., da Maia, José S., de Ermesinde, António C., da Maia, Dino F., do Porto, Félix P., de Paredes, Jair O., de Paços de Ferreira e Cristiano O., do Porto.
Começaram em Vila Verde
O primeiro assalto ocorreu, de madrugada, na Metaldufe, em Oleiros, Vila Verde, onde, depois de saltar o muro, abrir o portão e desviarem as câmaras de vídeo com um pau, usaram marretas para abrir um buraco na parede lateral, por onde entrou um furgão.
Carregaram, então, várias toneladas de barras de latão – valendo 142 mil euros -, saíram e foram descarregá-las, voltando às 05:49 para novo carregamento.
Em junho, foram a um pavilhão da firma ASMTAPS, SA, em Padim da Graça, Braga, salatarm o muro e cortaram as redes, tendo feito outro enorme buraco na parede. Iam em busca de barras de latão, mas o alarme tocou e o grupo saiu sem nada.
Em julho, de noite, foi a vez de um armazém da MPT – Metalúrgica Progresso da Trofa, cortando a rede e abrindo um buraco de um metro e meio na parede. Levaram 600 quilos de latão, avaliados em 6.750 euros. Em agosto foi a vez da fábrica têxtil Sociedade Comercial Smiths Lusitana, Lda, do Porto, onde, estroncando a fechadura, furtaram seis toneladas de fio de cobre, no valor de 92 mil.
Já em maio de 2002, dois deles foram à fábrica MC Divino, Lda, na Coruja, Barcelos, tendo furtado milhares de peças de roupa de marca, valendo 104 mil euros.