O Conselho de Ministros, que está programado para 04 de maio, em Braga, vai ser realizado no edifício do Mosteiro de São Martinho de Tibães, nos arredores da cidade.
Ao que O MINHO apurou, a decisão foi tomada atendendo a que o espaço tem salas suficientes para o efeito e goza de um ambiente tranquilo e de qualidade patrimonial, com uma cerca que permite passeios relaxadores aos governantes. Tem, ainda, capacidade para fornecer refeições aos ministros e secretários de Estado e respetivo pessoal de apoio.
A outra opção seria a do Forum Altice Braga, mas este espaço é “mais urbano” e presta-se mais à realização de manifestações sindicais, que se prevê venham a ocorrer.
No local, estão já a operar equipas de preparação do evento, quer as que cuidam dos aspetos logísticos, quer as que se preocupam com a segurança.
A presença dos governantes em Braga começa no dia anterior, estando previsto um périplo pelos vários concelhos para conhecer obras em curso ou analisar projetos camarários.
Municípios do Cávado querem variantes
Conforme O MINHO tem vindo a noticiar, a Comunidade Intermunicipal CIM do Cávado entregou ao Governo uma lista de projetos e empreendimentos, de cuja análise se conclui que há cinco municípios que querem que o Governo construa variantes aos respetivos concelhos, a começar por Braga, que quer assinar, este ano, um acordo com a Infraestruturas de Portugal para a requalificação do Nó de Infias – o maior problema rodoviário da cidade – e o arranque do projeto de continuação da Variante do Cávado, até à saída para o Porto.
O documento refere que Barcelos precisa de ligação às autoestradas A3 e A7 e do fecho da circular urbana, bem como da criação de uma Polícia Municipal, de um novo Posto GNR e de um pavilhão multiusos. Já Vila Verde pede a variante à EN101, até à sede do concelho, uma promessa que tem 18 anos, conforme disse a presidente da Câmara a O MINHO.
Por seu turno, Amares quer que a Variante do Cávado chegue ao concelho e investimento no Mosteiro de Rendufe e Terras de Bouro, uma variante de Rio Caldo a Braga por Amares.
A lista entregue ao Governo engloba, no caso de Barcelos a reivindicação de um novo Hospital e o fim das 14 passagens de nível da Linha do Minho, bem como a criação da Polícia Municipal e de um novo Posto da GNR: “O hospital é uma necessidade antiga e premente, a que corresponde uma promessa estatal, também muito antiga, mas que nunca arranca”, disse a O MINHO o autarca local, Mário Constantino.
Esposende “esquecido”
Já Esposende, cuja Câmara acusou, há dias, o Governo de “esquecer o Município”, insiste na intervenção na Barra do rio Cávado – “que carece de solução definitiva” -, na construção do Parque da Cidade – 2.ª Fase, na requalificação das praias de Cedovém e Pedrinhas – Apúlia (ameaçadas pela erosão costeira).
Pede, ainda, apoio para o canal intercetor de águas, recém-inaugurado e que visa reter água do rio, evitando a inundação da zona urbana. A cidade costeira quer, ainda, um Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha.
O rol de pedidos envolve, ainda, no caso de Vila Verde, a doação do canal inutilizado de rega Sabariz – Cabanelas para construção de uma Ecovia, e a Criação do Centro de Alto Rendimento de Canoagem, em Prado. Amares alerta para a necessidade de financiamento para infraestruturas de água e saneamento.
Já a vila geresiana de Terras de Bouro solicita investimento no ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês, no apoio à visitação, e a cedência de seis casas florestais.
Ao todo, a lista elenca 70 obras ou alterações legislativas, neste caso, para mudanças nos PDM com mais terrenos urbanos.