O namoro durou pouco, apenas de janeiro a agosto de 2022, mês em que a mulher o abandonou. Ele insultava-a do “piorio” e, um dia, apesar de estar grávida de sete meses, agarrou-a e atirou-a ao chão.
O agressor, de nome Vasco, de 26 anos, empregado de hotelaria, residente em Braga, vai ser julgado por violência doméstica.
A acusação do Ministério Público diz que, desde o início do relacionamento ele se mostrou agressivo, violento e controlador, por causa dos estupefacientes que consumia.
Ainda antes de irem viver juntos, o que sucedeu em junho, ele apodava-a de “p*** de merda e cabra” e dizia-lhe: “Até te arranco os braços.”
Em fevereiro, ela engravidou e comunicou-lhe o facto, mas a notícia caiu-lhe mal: “Vais pagar bem caro” e “A esse chico vou tirar as tripas”.
Mesmo quando passaram a coabitar, manteve o mesmo discurso: “Vais pagar por isto, p*** de merda. Nem que te pegue fogo. Essa criança não vais tu ter.”
Em agosto, e cansada dos maus-tratos, ela saiu do apartamento, mas apesar disso, ele não deixou de a importunar, nomeadamente através de mensagens de telemóvel. A acusação enumera 23 insultos, com frases como “vou-te matar”, “enterro-vos aos dois”, ou “és lixo”, ”mentirosa”, cabra e p…”.
Já em fevereiro de 2023, estando a vítima com um amigo na rua, ele apareceu e ameaçou-os: “Que estás a fazer sua p***? Ainda vos estouro aos dois.”
A acusação considera que a atuação do arguido pôs em causa a sua saúde física e mental, e anota que o agressor tinha “obrigação de tratar bem a sua companheira e mãe do seu filho”.
O julgamento conta com cinco testemunhas de acusação.
