Os Bombeiros Sapadores de Braga foram já promovidos a Batalhão, por unanimidade, durante última Assembleia Municipal de Braga, cabendo ao Executivo criar as condições para corporizar a nova estrutura, com mais operacionais e melhor qualidade.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, afirmou esta quinta-feira a O MINHO que “para além daquilo que já foi dito na Assembleia Municipal de Braga e do significado de se ter tratado de uma aprovação por unanimidade” daquela proposta, foi “a concretização de um compromisso assumido, que vai igualmente no sentido de ser ainda mais valorizado o estatuto dos Bombeiros”.
O Batalhão de Bombeiros Sapadores de Braga era uma aspiração antiga e potenciada pelo crescimento do concelho de Braga, que corresponde às novas valências operacionais já existentes, que precisam agora de ser enquadrados para uma outra estrutura, num momento em que há formação profissional complementar permanente e o número de operacionais poderá assim aumentar.
Na proposta, Gonçalo Pimenta de Castro, do CDS-PP, afirmou que “a passagem de companhia a batalhão é uma necessidade, traduzindo-se numa outra estrutura, com mais responsabilidade e melhor capacidade operacional, além de ser muito merecida”, enaltecendo o profissionalismo das mulheres e homens que servem e serviram sempre a corporação profissional de bombeiros.
“Um batalhão permite mais recursos humanos e materiais, o que se traduz numa maior capacidade de resposta, permitindo a melhor gestão das operações, com maiores áreas de responsabilidade, para se atender a eventos maiores”, acrescentou.
Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de São Victor, congratulou-se desde logo com a proposta camarária, sugerindo que seja então criada uma Secção Operacional para o casco velho e histórico da cidade de Braga, dadas as suas especificidades.
Segundo o presidente da maior freguesia urbana de Braga, “com a atual localização dos Sapadores em Dume e dos Voluntários em São Paio de Arcos, tendo esta última corporação deixado o centro da cidade”, a zona central “ficou mais desguarnecida”.
Palmira Maciel, deputada do Partido Socialista, congratulou-se com a proposta, em termos da melhor exponencial de proteção civil para Braga, tendo em conta aquilo que já se faz na Companhia, sendo secundada pela deputada do PCP, Sandra Cardoso.
A ainda Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga é a terceira corporação portuguesa mais antiga, das 20 mais antigas do mundo, segundo um estudo do subchefe de primeira classe Ricardo Fernandes, que foi já validado pela Universidade do Minho.
Em 22 de maio de 1776 foi criada a então Companhia da Bomba, em Braga, antecedente da atual estrutura, com cerca de 120 operacionais, além de uma retaguarda de comando e técnica, com o comandante Nuno Osório e o adjunto técnico Carlos Silva.
Mas a lógica agora é muito mais abrangente, contando com uma multifacetada Divisão Municipal de Proteção Civil, liderada por Vítor Azevedo, com a tutela do vereador Altino Bessa, sempre numa interligação com os Bombeiros Voluntários de Braga.
