Bombeiros caminham nove horas para resgatar turista na Peneda-Gerês

“Caminhar no PNPG não é caminhar no parque da cidade”, alerta comandante
Fotos: BV Arcos de Valdevez

Os bombeiros de Arcos de Valdevez tiveram de caminhar cerca de 4 horas e meia (e mais cinco horas no regresso) para resgatar uma mulher ferida num trilho em Gavieira, dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), com o comandante a deixar um aviso: “O PNPG não é o parque da cidade”.

O alerta foi dado às 19:10 de ontem para o quartel de bombeiros de Arcos de Valdevez para uma mulher que sofreu lesões num joelho enquanto fazia um trilho em Gavieira. As operações que se seguiram duraram mais de 10 horas.

“Para o local foi enviada uma ambulância dos Bombeiros de Ponte da Barca e uma equipa de Salvamento e Resgate dos Bombeiros de Arcos de Valdevez com 7 elementos sendo 1 dos elementos da equipa enfermeiro”, adiantou a O MINHO o comandante Filipe Guimarães.

Ainda segundo a mesma fonte, “após quatro horas e meia a caminhar por trilhos e penedos, os bombeiros conseguiram chegar até junto da vítima que se encontrava acompanhada por uma grupo de mais 10 pessoas (sendo 3 elementos crianças)”.

“Após a avaliação, estabilização e imobilização da vítima, os operacionais de resgate iniciaram a espinhosa missão de transportar a vítima imobilizada numa maca por locais onde as condições de circular ou de caminhar eram praticamente nulas”, prosseguiu.

De acordo com o comandante, “foram muitos os penedos galgados e os barrancos através de giestas percorridos até [os bombeiros] encontrarem um rasto de carreiros do gado que os levasse o mais rápido possível até às viaturas”.

O retorno às viaturas, completamente feito de noite, “demorou mais de cinco horas”, sublinhou Filipe Guimarães, deixando um agradecimento aos bombeiros pelo “esforço empregue nesta dura missão”.

“Desejamos as rápidas melhoras à vítima desta ocorrência e deixamos um conselho a todos os amantes das caminhadas nos trilhos de alta montanha, antes de fazerem, verifiquem muito bem as condições e o grau de dificuldade do trilho que pretende percorrer; se a sua condição física suporta as condições do mesmo, bem como as condições climatéricas que o dia apresenta”.

“Caminhar no PNPG não é caminhar no Parque da Cidade!”, conclui Filipe Guimarães.

 
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