O Benfica acusou hoje o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de “má-fé”, depois de o órgão federativo ter aberto um processo disciplinar aos ‘encarnados’, alegadamente devido a casos judiciais.
“Uma manifesta má-fé do Conselho de Disciplina que só pode ser justificada à luz do recorrente desrespeito e comportamento persecutório ao Sport Lisboa e Benfica”, lê-se num comunicado das ‘águias’.
O CD da FPF anunciou ter aberto um processo disciplinar à SAD do Benfica, “na sequência de notícias divulgadas na comunicação social, na medida em que a factualidade agora conhecida possa ser diversa daquela apreciada em outros procedimentos disciplinares”.
Em causa estará, segundo a comunicação social, o facto de a Benfica SAD e membros do Conselho de Administração do mandato 2016/2020 que ainda se encontram atualmente em funções terem sido constituídos arguidos no dia 03 de janeiro, num processo em que “em causa, supostamente, estará um processo em que se investigam os crimes emergentes dos emails pirateados ao Benfica e onde foram juntos outros processos, como o dos Vouchers e o Mala Ciao”, segundo o Diário de Notícias.
“O Sport Lisboa e Benfica repudia a decisão do Conselho de Disciplina de lhe ter instaurado um processo disciplinar face à inexistência de novos factos relativos a uma matéria já de si objeto de acompanhamento passado”, referem os ‘encarnados’.
Para o Benfica, a instauração deste processo é “uma decisão ainda mais inaceitável tendo em conta que a Comissão de Instrutores da Liga, órgão que deveria ter notificado o Sport Lisboa e Benfica em tempo útil, também não o fez, tendo o clube tomado conhecimento deste processo disciplinar através da comunicação social”.
“São coincidências e erros a mais para quem, tendo o estatuto de utilidade pública desportiva, lhe cabe a responsabilidade de defender o futebol português, mas que, sucessivamente, cai na subserviência de interesses específicos rivais do Sport Lisboa e Benfica”, assumem às ‘águias’.
De acordo com o DN, neste processo judicial os arguidos são Rui Costa, atual presidente do clube, Domingos Soares Oliveira, Luís Filipe Vieira, José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso Ribeiro, todos eles administradores, ou ex-administradores, da sociedade benfiquista.
O jornal acrescenta que o objetivo deve ser evitar possíveis prescrições, pois muitas destas investigações decorrem há vários anos, revelando que “ninguém foi sujeito a qualquer interrogatório”.