O Bloco de Esquerda apontou hoje que os profissionais do setor de segurança na câmara de Famalicão, que são de uma empresa externa, confrontam-se com “uma completa precarização”, denúncia que “surpreendeu” a autarquia visada.
“Os seguranças que exercem funções na câmara de Vila Nova de Famalicão são de uma empresa externa, a PRESTIBEL, e trabalham sem qualquer tipo de proteção e sem lugar para repouso das pernas durante horas a fio, o que despoleta um enorme cansaço físico”, refere um documento remetido pelo Bloco de Esquerda ao Ministério de Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Na mesma pergunta ao Governo os bloquistas referem que foram apresentadas queixas à Autoridade para as Condições de Trabalho mas “ainda não há resultados que permitam a estes trabalhadores exercer as suas funções com dignidade, respeitando a legislação laboral em vigor, designadamente nas matérias de higiene e segurança no trabalho que resultam da transposição de directivas comunitárias”.
Questionado sobre estas acusações, o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha, disse estar “surpreso” e ver “com estranheza” a nota dos bloquistas, garantindo que esta autarquia “proporciona aos trabalhadores das empresas contratadas pelo município as mesmas condições de trabalho que proporcionamos aos trabalhadores do município”.
“Se em alguma circunstância as condições de trabalho não tenham sido respeitadas, a câmara assumirá a reposição da situação. Achei estranha e surpreendente a afirmação do Bloco de Esquerda. Não quer dizer que seja uma denúncia alarmista, nem que seja falsa, mas carece de demonstração”, referiu Paulo Cunha.
O autarca garantiu que nunca teve conhecimento das situações descritas: “Convivemos diariamente com esses trabalhadores e temos a preocupação de perceber se são dados a esses trabalhadores as mesmas condições que damos aos colaboradores do município. Estão no mesmo contexto e nós não queremos diferenças do ponto de vista laboral”, disse Paulo Cunha.
Contatada a longo da tarde, quer via ‘email’, quer por telefone, a empresa que é referida do documento do Bloco de Esquerda mas até ao momento não obteve um comentário.
Por fim, Paulo Cunha revelou aos jornalistas que fez chegar à empresa um pedido de informação e que “no plano informal” esta disse que as acusações “não correspondem à verdade”: “Mas queremos que a empresa formalize essa informação”, completou.
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