Banhos proibidos na praia de Adaúfe, em Braga, mas o rio Cávado oferece alternativas

Por causa de bactéria
Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO

O calor abrasa a cidade de Braga e muitos acorrem à freguesia de Adaúfe para, debaixo dos amieiros que crescem nas margens do Cávado, encontrar dois palmos de sombra. No entanto, até 16 de agosto e por motivos de saúde pública, os banhistas da praia fluvial de Adaúfe estão proibidos de entrar nas águas “geladas” do rio, que corre contaminado pela bactéria Escherichia coli.

Bandeira Azul adeja em uníssono, com bandeira vermelha. “Há uma bactéria na água e o que nos foi dito é que a entrada não é aconselhada”, afirmam os banheiros a O MINHO, enquanto demonstram os avisos colocados ao longo da praia. “A responsabilidade é sua”, esclarecem um rapaz curioso com as fitas que impedem a entrada na água. “De manhã disseram que a bactéria é a Escherichia coli, ontem fomos informados que era necessário retirar as pessoas da água e vedar as entradas para o rio”, acrescenta a dupla de nadadores salvadores.

Entrada para o rio vedada Adaúfe. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO
Posto Nadadores Salvadores. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO
Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO
Informação relativa à proibição de Banhos. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO

Final do dia e a praia fluvial está vazia. O bar da praia está fechado e, estranhamente, há espaço. Famílias merendam e resistentes aproveitam as últimas horas de sol refastelados, com a frescura da relva. Dois corajosos chapinham os calcanhares na margem. Marcelino e Daniela abrem a mala do carro, para arrumar os apetrechos, enquanto explicam o incómodo a O MINHO: “Gostamos muito de vir para esta praia, mas incomoda-nos não poder dar um mergulho. Podia haver um aviso à entrada, mas só vimos quando chegámos ao sítio da toalha. É um pouco chato, principalmente para os miúdos”.

Marcelino e Daniela. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO

O casal, com uma bebé de colo, veio da Póvoa de Varzim, para desfrutar da famosa praia fluvial de Adaúfe. Voltaram para trás, sem molhar o pé na água. Lúcia Magalhães e Carlos Pereira, um jovem casal, de meia-idade, estão noutra margem do rio: no autocarro bar.

Lúcia Magalhães e Carlos Pereira. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO

“Aqui pode-se tomar banho”, explica Lúcia a O MINHO. “Não sabíamos que na outra praia não se pode. Aqui está tudo normal”, acrescentam. Mais pessoas, vida e movimento, do que na outra margem. É notória e notável, a satisfação dos banhistas, quando encontram um Cávado limpo e seguro.

Altino Bessa, vereador da Câmara Municipal de Baga, com a pasta do Ambiente, afirma que as análises da água do Cávado são coordenadas ente a Câmara Municipal, a Agência Portuguesa do Ambiente e o delegado de saúde destacado.

Família a fazer um piquenique em Adaúfe. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO
Insuflável em Adaúfe. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO
Margem do autocarro bar. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO
Margem Autocarro Bar. Foto: Tomás Guerreiro / O MINHO

“É demonstrativo que as análises da água são feitas com regularidade e eficácia. E quando a bandeira verde está hasteada é completamente seguro para as pessoas banharem-se no rio Cávado”, explica o vereador a O MINHO.

Por enquanto, a perspetiva para a reabertura dos “banhos”, na praia fluvial de Adaúfe, é o dia 16 de agosto. Até lá, as margens do rio Cávado oferecem opções alternativas, para quem procure dar um mergulho, sem risco de contrair a impronunciável bactéria, Escherichia coli.

 
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