País
Banco de Portugal vê desemprego acima dos 10% em 2020
Covid-19
em
A taxa de desemprego deverá subir acima dos 10% em 2020, na sequência da pandemia de covid-19, de acordo com os cenários base e adverso projetados pelo Boletim Económico do Banco de Portugal, esta quinta-feira, divulgado.
No cenário base, as projeções do Banco de Portugal (BdP) apontam para uma taxa de desemprego de 10,1% em 2020, com uma descida progressiva para 9,5% em 2021 e 8,0% em 2022.
“A contração da atividade económica em 2020 tem reflexo numa destruição de postos de trabalho, projetando-se uma redução do emprego de 3,5% (após um crescimento de 0,8% em 2019)”, de acordo com o cenário base do BdP.
O banco central adverte que no cenário base “a evolução projetada para o desemprego depende crucialmente da configuração e magnitude das medidas de política que possam ser implementadas de imediato”.
“As remunerações por trabalhador deverão desacelerar em 2020 – refletindo principalmente o impacto do aumento das baixas médicas e por assistência à família – e recuperar em 2021-22”.
Já no cenário adverso, a taxa de desemprego “dispara” para 11,7% este ano, descendo para 10,7% em 2021 e 8,3% em 2022.
“Ambos os cenários contemplam uma recessão da economia portuguesa em 2020, diferindo na magnitude assumida para o impacto económico da pandemia a nível mundial”, pode também ler-se no documento.
Em 2019, a taxa de desemprego foi de 6,5%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo o BdP, “os cenários procuram ter em consideração o potencial impacto das políticas já adotadas pelas autoridades nacionais e europeias em face do choque”, avisando o banco central que “a magnitude da recessão e o perfil da subsequente recuperação dependem criticamente da resposta de política, que tem vindo a ser sucessivamente reforçada a nível nacional e global”.
O BdP estima que o Produto Interno Bruto (PIB) português caia 3,7% num cenário base e 5,7% num cenário adverso, em 2020, devido à pandemia de covid-19, de acordo com o Boletim Económico hoje divulgado.
“No cenário base, estima-se uma redução de 3,7% do PIB real em 2020. Assume-se que o impacto económico da pandemia é relativamente limitado, o que decorre, em parte, da hipótese de que as medidas adotadas pelas autoridades económicas são bem-sucedidas na contenção dos danos sobre a economia”, pode ler-se no comunicado do BdP.
Já no cenário adverso, “assume-se que o impacto económico da pandemia é mais significativo devido à paralisação mais prolongada da atividade económica em vários países, conduzindo a maior destruição de capital e perda de emprego. Este cenário considera também uma maior incerteza e níveis de turbulência mais significativos nos mercados financeiros”, sendo a recessão de 5,7% do PIB.
Leia Também
-
Oferta de quartos para arrendar dispara 200% em Braga
-
Cinemas devem ter apoio superior a 40% das rendas até final do ano
-
Horácio Barra e Alexandre Maciel confirmados na lista do PS à Câmara de Barcelos
-
Costa saúda acordo alcançado para neutralidade carbónica em 2050
-
Von der Leyen “saúda calorosamente” acordo sobre Lei Europeia do Clima
-
Profissionais da Cultura juntam-se hoje num velório pelo setor em sete cidades
Reportagens da Semana
2020. O ano em que o turismo travou a fundo
Turismo
A feira de Barcelos nos anos 50 por um dos mais importantes fotógrafos portugueses
Artur Pastor retratou "a maior mostra regional susceptível de ver em Portugal"
Os bairros esquecidos de Guimarães
Reportagem
Populares
-
BragaHá 2 dias
Braga Parque abre corredores técnicos para evitar aglomerados à porta da Primark
-
RegiãoHá 2 dias
Empresa de Barcelos integra 74 funcionários de fábrica que fechou em Celorico de Basto
-
Alto MinhoHá 2 dias
Novas medidas para as escolas põem “centenas” em isolamento em Viana, Cerveira e Melgaço
-
BragaHá 2 dias
Septuagenário agride vizinho em Braga