A administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) informou esta terça-feira a Câmara Municipal de Caminha que a agência de Vila Praia de Âncora foi excluída do programa de encerramento de agências que está em curso, avançou a autarquia. Contudo, em reação à informação avançada, o PSD acusou o autarca de usar “subterfúgios que as técnicas de comunicação concebem”, visto que nem o Primeiro Ministro conseguiu garantir isso.
Segundo a autarquia, esta decisão surge após uma reunião entre o presidente da câmara de Caminha e a CGD, a 20 de março, resultando na continuação do balcão de Vila Praia de Âncora, que vai manter-se aberto ao público.
Em nota no seu sítio oficial da Internet, o município liderado pelo socialista Miguel Alves refere que “é uma boa notícia e uma vitória da população de Vila Praia de Âncora, que percebeu, desde sempre, que o valor do diálogo se sobrepõe ao do insulto e que o valor da negociação é substantivamente maior do que o valor da ameaça”.
O PSD local, reagiu em comunicado.
“O Dr. Miguel Alves [presidente da Câmara] veio dizer que teve a informação de que o balcão da CGD em Vila Praia de Âncora não iria encerrar por agora”, mas “a única posição assumida pelo governo foi que o plano de restruturação iria ser revisto quanto às agências a fechar. Não existe em lugar nenhum informação de que o balcão de Vila Praia de Âncora tenha sido extinto de qualquer lista, pelo que o PSD Caminha não pode deixar de lamentar mais este engodo eleitoralista“, acusa.
“Relativamente à agência de Vila Praia de Âncora, como sucede com todas as outras constantes da lista de agências a encerrar, não existe nenhuma garantia definitiva. Este processo está é suspenso por agora, e muito previsivelmente até às eleições autárquicas”, atira.
“Portanto se o governo não deu nenhuma garantia de que esta agência não iria encerrar, não pode o presidente da Câmara garantir aquilo que quem de direito não garante”, conclui.
No comunicado, a concelhia liderada por Liliana Silva, que na semana passada indicou a ex-autarca Júlia Paula Costa como candidata à Câmara nas eleições do próximo Outono, sublinha ainda o trabalho do presidente da Junta de Freguesia ancorense e a população pela forma como lutaram e colocaram a questão na agenda política, nomeadamente através de um abaixo assinado que reuniu mais de 2 mil assinaturas.
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