Declarações após o jogo Paços de Ferreira–Gil Vicente, que terminou com a vitória dos gilistas, por 1-0, da 14.ª jornada da I Liga de futebol:
Ricardo Soares (treinador do Gil Vicente): “Fizemos uma boa primeira parte, fomos pacientes, jogámos contra uma equipa a jogar em bloco baixo e que tirou espaços à minha equipa. Tivemos muita bola, mas nem sempre o último remate foi tão esclarecedor como na posse de bola.
O Paços reagiu na segunda parte e tivemos alguma dificuldade. É uma equipa de posse, gosta de comandar, o recuo não foi estratégia nossa, mas por mérito do Paços. Voltámos ao jogo na parte final e acabámos por ter a felicidade que nos faltou em outros jogos.
É verdade que atravessamos a melhor fase, porque o futebol faz-se de vitórias e pontos. Vimos de uma série boa na Liga. Hoje, vencemos com felicidade à mistura, mas houve outros que não ganhámos e merecíamos.”
Jorge Simão (treinador do Paços de Ferreira): “É difícil encontrar alento da forma como perdemos. Se eu quisesse escrever um guião o mais dramático possível, não conseguiria imaginar um desfecho destes. Foi tremendamente injusto e inacreditável, mas o futebol é isto.
Quando optei por fazer disto a minha vida, guiei-me por determinados princípios, que sempre estarão comigo, e um deles é nunca desistir.
Cruzei-me com o presidente quando vinha para a sala de imprensa, mas qualquer decisão não tem de partir do treinador. Estou aqui para trabalhar enquanto quiserem que esteja para trabalhar. Tenho princípios pelos quais me agarro na minha carreira, e que já deram frutos, e um deles é não desistir.
[A ausência de Eustáquio e Fernando Fonseca] Foi uma decisão técnica. O que disse na conferência pressupunha que pudessem acontecer algumas decisões diferentes. Escolhemos aqueles que na minha ótica estavam melhor preparados para dar uma resposta no jogo.”