Um camião embateu esta quinta-feira à noite contra uma multidão em Nice, França, que assistia ao fogo-de-artifício, provocando vários feridos.
O incidente ocorreu na Promenade des Anglais, um local turístico, onde as pessoas estavam concentradas a assistir ao fogo-de-artifício, por ocasião do Dia da Bastilha, feriado nacional em França.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), entre os milhares de pessoas que se encontravam no local estavam pelo menos cinco portugueses, que se refugiaram dentro do Casino Du Palais De La Méditerranée.
Miguel Cunha, de 28 anos, natural de Paredes de Coura, era uma dessas cinco pessoas.
“Tinha passado há pouco tempo para o outro lado da rua quando comecei a ver pessoas a voar. O camião já tinha percorrido uma distância considerável, numa estrada que estava fechada. Parou quase à minha frente, a uns 30 metros”, relata o jovem ao JN.
Um minuto mais tarde, começou a ouvir tiros. “Tive medo e escondi-me dentro do casino. Entretanto apareceu a polícia a dizer para sairmos. Eles já estavam a fazer o cerco do camião”, diz.
Miguel encontrava-se acompanhado por mais seis pessoas, quatro delas também portuguesas.
“Estavam lá milhares e milhares de pessoas. O 14 de julho em França é uma festa sagrada”, disse o fisioterapeuta, que, de acordo com o JN, se mudou para França há quatro anos.
O balanço provisório do ataque na quinta-feira à noite em Nice, no sul de França, era às 02:00 locais (01:00 em Lisboa) de 75 mortos, disse o deputado Eric Ciotti.
No entanto, o presidente da região Provence-Alpes-Costa Azul, Christian Estrosi, atualizou, na sua conta no Twitter, para 77 o número de vítimas mortais.
Eric Ciotti, que representa a região dos Alpes-Marítimos do Partido Republicano, disse também que há 15 pessoas em “urgência absoluta”.
O camião embateu durante dois quilómetros na Promenade des Anglais, em Nice, contra as pessoas que assistiam ao fogo-de-artifício para celebrar o dia de França, provocando também mais de 100 feridos.
O condutor do camião foi abatido pela polícia.
As autoridades francesas já consideraram este ataque um atentado e o Presidente de França, François Hollande, vai reunir o gabinete de crise.
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