ASAE encontrou “várias e graves irregularidades” no Hospital de Famalicão, diz CDU

Coligação pede requalificação urgente do edifício
Foto: CM Famalicão / Arquivo

A CDU afirmou hoje que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fez uma “visita inspetiva” ao Hospital de Famalicão e “detetou várias e graves irregularidades nas instalações”.

Em comunicado, a CDU/Famalicão diz que se impõe, “com urgência, a sempre e retardada requalificação do nosso hospital”, pois “sempre que chove, várias instalações do hospital ficam inundadas”.

“Acresce que, soubemos que, na passada semana, foi realizada uma visita inspetiva da ASAE às instalações do hospital e que a mesma detetou várias e graves irregularidades nas instalações físicas do hospital”, acrescenta.

A CDU considera que, “tendo em conta a tomada de posse do novo governo e a continuidade de Ana Paula Martins como ministra da saúde, o cenário com que se deparará o hospital de Famalicão, no imediato, será ainda mais negro”.

“Esta nomeação e as políticas defendidas por este governo acentuam a tendência de desmantelamento do SNS e de entrega da parte rentável aos privados, como a ministra desempenhou bem este papel, continuou no cargo”, pode ler-se no comunicado da CDU.

Para a coligação PCP e Os Verdes, “é expectável da parte do poder central a concretização da entrega do hospital de Santo Tirso à Misericórdia do aludido concelho, transferência que, a concretizar-se, constitui uma séria ameaça à qualidade dos serviços prestados aos utentes de Famalicão, bem como a outras populações”.

“A este propósito recordamos que o senhor presidente da câmara continua em silêncio, o que indicia conivência com este sério atentado ao interesse público”, acusa a CDU, falando de um “ataque concertado ao SNS”.

“A entrega do hospital de Santo Tirso ao setor social e privado só virá piorar a difícil situação do nosso hospital, que tão necessitado está de obras de requalificação, pungentemente urgentes”, aponta a CDU, vicando que “o estudo de identificação de necessidade já foi feito” e “deu origem a um Plano de Intervenção que prevê obras de requalificação e ampliação necessárias, bem como a contínua renovação de equipamentos”.

E conclui: “Estas obras, urgentes e necessárias, são indispensáveis para que se possa servir as populações dos concelhos a fim de se cumprir o direito universal de acesso à saúde previsto na Constituição da República Portuguesa, com tendencial gratuitidade”.

 
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