Neste Artigo
- “Resiliência e afabilidade raras”
- “Morreu um homem bom”
- “Profundo pesar”
- Marques Mendes “em choque”
- Câmara de Braga manifesta o seu “mais profundo pesar”
- PS/Braga manifesta “grande choque e consternação”
- Marca “incontornável” na política
- Rui Rio recorda “homem íntegro e bom amigo”
- Vitorino recorda “grande cooperação”
- Ex-presidente do PSD pede reflexão
- “Perda extemporânea”
- PSD/Braga diz que foi “uma referência”
- “Homem do Norte”
- Percurso
O ex-ministro social-democrata Miguel Macedo, natural e residente em Braga, morreu hoje aos 65 anos.
Ao que O MINHO apurou, o advogado bracarense faleceu vítima de doença súbita.
Entretanto, são muitas as reações à inesperada morte.
“Resiliência e afabilidade raras”
O Presidente da República manifestou pesar pela morte do ex-ministro social-democrata Miguel Macedo, lembrando-o pela capacidade de “resistência e afabilidade raras” bem como pela “preocupação permanente” com o país e o mundo.
Numa nota publicada na página oficial da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa disse ter tomado conhecimento da morte de Miguel Macedo com “muita consternação” e lembrou o antigo ministro pela “preocupação permanente com a realidade nacional e internacional” e o respeito que “granjeou nos mais variados setores da vida portuguesa”.
O Presidente da República assinalou também a “resistência e afabilidade raras” com que “enfrentou situações adversas” e os “momentos mais felizes” da sua atividade profissional.
“O Presidente da República apresenta à família os seus sentidos pêsames, inseparável de uma antiga amizade”, lê-se no comunicado.
“Morreu um homem bom”
O primeiro-ministro e presidente do PSD manifestou “profunda consternação” pela morte do ex-ministro Miguel Macedo, dizendo que morreu “um homem bom”.
À entrada para o Conselho de Estado, Luís Montenegro pediu desculpa por “perturbar o normal funcionamento da entrada dos conselheiros de Estado” para fazer, a título completamente excecional, uma declaração sobre a morte de Miguel Macedo.
“Como sabem, durante muitos anos acompanhei-o pessoalmente, politicamente, e vejo-o partir de forma absolutamente inesperada e quero nesta ocasião, em primeiro lugar, endereçar uma palavra de profunda consternação e solidariedade a toda a sua família, à sua mulher, à sua filha, a todos os seus amigos”, disse Montenegro, que foi vice-presidente da bancada do PSD quando Macedo era presidente do grupo parlamentar.
E acrescentou: “É, de facto, com grande tristeza que vemos partir um homem bom, um homem que dedicou muito da sua vida à causa pública, um homem sério, um homem determinado, um amigo, um homem de pensamento, um homem de ação também”, afirmou.
Montenegro lembrou Miguel Macedo como “um homem que serviu o país em várias circunstâncias”: na Assembleia da República como deputado, como líder parlamentar, no Governo como secretário de Estado, como ministro, nas autarquias locais.
“Alguém a quem o povo português – e permitindo-me também falar em nome do PSD – o PS, muito deve. É um momento de grande tristeza, um momento de profundíssima consternação, mas também um momento em que quero evocar as qualidades humanas e políticas de uma personalidade que tocou muitos portugueses e tocou também muitos políticos e eu sou um deles”, declarou.
“Profundo pesar”
O PSD manifestou profundo pesar pela morte de Miguel Macedo, recordando “um homem bom”, que foi deputado e exerceu vários cargos no partido e nos governos de Cavaco Silva, Durão Barroso e Pedro Passos Coelho.
“Foi com profundo pesar que o PSD recebeu hoje a notícia da morte de Miguel Macedo. Hoje, deixou-nos um homem bom”, lamentou o PSD, em comunicado.
Marques Mendes “em choque”
O candidato presidencial Marques Mendes afirmou estar “em choque” com a morte do ex-ministro Miguel Macedo, que lembrou como “um político competente” e “uma pessoa que deu tudo ao país”.
Visivelmente emocionado, Luís Marques Mendes fez uma declaração aos jornalistas à entrada para o Conselho de Estado, em Belém, sobre a morte do seu antigo secretário-geral quando liderou o PSD.
“Eu estou, como toda a gente, em estado de choque, porque eu tinha falado com o doutor Miguel Macedo ainda há dois dias, e achei-o lindamente, e por isso, neste momento, é um momento muito difícil, muito amargo”, disse.
Oo candidato presidencial, que contou na sua apresentação em Fafe com a presença de Macedo, lembrou o antigo ministro não apenas como “um político competente, uma pessoa que deu tudo ao país, tudo o que tinha, tudo o que sabia”.
“Para além disso, era uma pessoa fantástica no plano pessoal, uma pessoa fantástica, um homem bom, uma pessoa boa, bem formada, de caráter”, disse.
Pessoalmente, lembrou-o como um dos seus maiores amigos.
“Nós éramos amigos desde os 20 anos. Fizemos uma vida pessoal e política muito juntos. É um dos meus maiores amigos. E, por isso, neste momento, além de estar em estado de choque, tenho de reconhecer que é uma perda irreparável”, considerou, expressando a sua homenagem e solidariedade à família de Miguel Macedo.
Câmara de Braga manifesta o seu “mais profundo pesar”
A Câmara de Braga manifestou o seu “mais profundo pesar” pela morte do antigo ministro Miguel Macedo, recordando-o como um “ilustre bracarense que dedicou grande parte da sua vida ao serviço público e à causa política”.
Em comunicado, a Câmara de Braga, liderada pelo social-democrata Ricardo Rio, diz que a morte de Miguel Macedo representa “uma perda significativa” para Braga e para o país.
Sublinha que Miguel Macedo, ao longo da sua vida, “manteve sempre um forte vínculo à sua cidade natal, acompanhando de perto a evolução de Braga e contribuindo ativamente para o seu desenvolvimento”.
“Para além do seu percurso governativo e parlamentar, Miguel Macedo foi também advogado e, mais recentemente, comentador político, partilhando o seu conhecimento e experiência com a sociedade”, acrescenta.
Por isso, o município de Braga apresenta “as mais sentidas condolências à sua família, amigos e a todos aqueles que com ele partilharam o caminho da política e do serviço à comunidade”.
PS/Braga manifesta “grande choque e consternação”
O PS/Braga manifestou “grande choque e consternação” pela morte do antigo ministro Miguel Macedo, que era natural daquele concelho.
“Apesar das divergências partidárias, sempre nos uniram os valores, o respeito, a forma humanista como olhava a vida e o mundo, assim como o forte sentido de serviço público”, refere o PS/Braga, numa nota publicada nas redes sociais.
Na nota, o PS diz que foi “com grande choque e consternação” que recebeu a notícia da morte de Miguel Macedo e endereça “as mais sentidas condolências e um solidário abraço, neste momento de dor”, à família e amigos, ao PSD e aos seus militantes.
O Ministério da Administração Interna lamentou a morte de Miguel Macedo e recordou a “figura que marcou de forma incontornável a vida política nacional”.
Numa nota de pesar, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, e o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, apontaram a dedicação do ex-ministro social-democrata, que morreu hoje aos 65 anos, “ao serviço público com inteligência, determinação e um inegável sentido de responsabilidade”.
Rui Rio recorda “homem íntegro e bom amigo”
O antigo líder do PSD Rui Rio exprimiu o seu “profundo desgosto” pela morte do ex-ministro Miguel Macedo, enaltecendo um “homem íntegro e um bom amigo” que merece homenagem “mais do que ninguém”.
Através das redes sociais, Rui Rio lamentou a morte de Miguel Macedo, o ex-ministro social-democrata Miguel Macedo que morreu hoje aos 65 anos, segundo disse à Lusa fonte do PSD.
“Faltam-me as palavras para exprimir o meu profundo desgosto pelo falecimento do Miguel Macedo. Um homem íntegro e um bom amigo, que conheci há mais de 40 anos”, afirmou.
O antigo líder do PSD deixou condolências à família e a sua “homenagem pessoal”, considerando que Miguel Macedo a “merece mais do que ninguém”.
Vitorino recorda “grande cooperação”
O socialista António Vitorino manifestou-se “chocadíssimo com a tristíssima notícia” da morte de Miguel Macedo, recordando a relação de “enorme cordialidade e de grande cooperação” com o ex-ministro da Administração Interna do PSD.
“Fiquei chocadíssimo, eu estive com o Miguel Macedo na Assembleia da República durante algum tempo, sempre tivemos uma relação de uma enorme cordialidade e de grande cooperação em relação aos assuntos que nós partilhávamos, juristas, Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias e fico chocadíssimo com esta tristíssima notícia e gostaria de apresentar à família e ao PSD as minhas sinceras condolências”, disse António Vitorino.
O socialista, apontado como possível candidato do PS às presidenciais de 2026, que foi diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU e que atualmente preside ao Conselho Nacional para as Migrações e Asilo falava aos jornalistas à entrada para uma conferência em Cascais sobre migrações.
Ex-presidente do PSD pede reflexão
O antigo presidente do PSD Luís Filipe Menezes exprimiu “o choque” pela morte do ex-ministro Miguel Macedo e lembrou o “homem bom, sensível, solidário e exemplar” com quem partilhou a bancada parlamentar do partido.
Numa publicação na sua página oficial do Facebook, Menezes lamentou a morte do “amigo e companheiro de décadas”, Miguel Macedo, que morreu hoje aos 65 anos, segundo disse à Lusa fonte do PSD.
“Todos temos que morrer, mas quando morremos ainda relativamente cedo, e 66 anos com saúde é cedo para os atuais padrões, o choque é grande”, afirmou o antigo presidente da Câmara de Gaia.
Menezes recorda o “homem bom, sensível, solidário e exemplar em todos os capítulos da vida” e com quem partilhou a presidência da bancada parlamentar do PSD.
“Estivemos muitas vezes do mesmo lado nas batalhas democráticas internas, mas também nos confrontamos com veemência em outras ocasiões. Em conjunto tudo isso só cimentou a nossa amizade e grande respeito recíproco”, recorda.
Lamentando o “inesperado ataque cardíaco” de que sofreu o ex-ministro Miguel Macedo morreu, Menezes diz, no entanto, não ter sido esse, “o único assassino que o vitimou”.
“Outros ajudantes empurraram-no para este abismo. Os que o denunciaram com mentiras e lhe arruinaram a carreira política e, em parte, a profissional, os que deram corda a essas palhaçadas e o acusaram e julgaram levianamente, mantendo-o, a ele e à família, num limbo de isolamento e sofrimento quase uma década”, acusa.
Dizendo ter estado “solidário com ele desde o primeiro minuto”, Menezes considera que a morte de Miguel Macedo deve fazer muitos “refletir sobre a sujeira desabrida em que estão a chafurdar na vida pública”.
“Perda extemporânea”
O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, lamentou a morte do ex-ministro Miguel Macedo, falando numa “perda extemporânea”.
“Lamento muito o sucedido. Quero endereçar daqui os meus sentimentos à família e aos amigos”, disse Rui Rocha no final de uma visita à Qualifica – Feira de Educação, Formação e Juventude em Matosinhos, no distrito do Porto.
Para Rui Rocha, a morte de Miguel Macedo é uma “perda extemporânea”, contando ter sido “com profunda consternação” que soube da mesma.
PSD/Braga diz que foi “uma referência”
A Distrital do PSD de Braga manifestou hoje o seu “profundo pesar” pela morte do antigo ministro Miguel Macedo, sublinhando o seu “percurso notável na política nacional” e classificando-o como “uma referência” no seio do partido.
Em comunicado, aquela Distrital alude ainda a “uma figura admirada e respeitada por todos”, que “dedicou grande parte da sua vida ao serviço público e à causa política”.
Também a Concelhia de Braga do PSD manifestou o seu “profundo pesar”, referindo que, ao longo da sua vida, Miguel Macedo “construiu um percurso notável na política nacional e contribuiu ativamente para o desenvolvimento” da cidade de Braga.
“Homem do Norte”
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) lamentou a morte do ex-ministro Miguel Macedo e lembrou o “homem do Norte” que deixa “a sua marca em áreas basilares” do desenvolvimento do território.
Numa publicação nas redes sociais, o presidente da CCDR-Norte, António Cunha, lamentou a partida de Miguel Macedo, que morreu hoje aos 65 anos, segundo disse à Lusa fonte do PSD.
“Um Homem do Norte que, tendo dedicado grande parte da sua vida ao serviço do país e da democracia, deixa a sua marca em áreas basilares do desenvolvimento do nosso território”, lê-se nas publicações no X e Instagram.
António Cunha deixa ainda condolências à família e amigos mais próximos.
Percurso
Miguel Macedo foi ministro da Administração Interna entre os anos de 2011 e 2014, tendo deixado “uma marca indelével no funcionamento das instituições e na defesa do interesse público”, lê-se na nota enviada às redações.
Militante do PSD, Miguel Macedo foi eleito deputado à Assembleia da República em diversos mandatos, pelo círculo de Braga. No Partido, foi secretário-geral entre abril de 2005 e outubro de 2007, e presidente do grupo parlamentar do PSD entre abril de 2010 e junho de 2011.
No Governo, além do cargo de ministro da Administração Interna no Governo liderado por Pedro Passos Coelho – do qual se demitiu em novembro de 2014 na sequência de uma investigação à atribuição de vistos Gold, processo do qual seria absolvido -, foi secretário de Estado da Juventude de Aníbal Cavaco Silva, entre 1990 e 1991, e secretário de Estado da Justiça nos governos de coligação PSD/CDS-PP, entre 2002 e 2005.