O campioníssimo Fernando Pimenta, de Ponte de Lima, partilhou este domingo uma fotografia onde é possível ver os efeitos do frio nas mãos do canoísta, que começou a treinar logo nas primeiras horas do dia. A partilha foi comentada pela própria mãe do atleta, referindo que “a sorte dá muito trabalho”.
“20 anos de Canoagem e acho que nunca senti umas dores tão fortes como as de hoje nas mãos. A sensação era que me tinham cortado a ponta dos dedos, sabemos que é um processo longo de adaptação e constante evolução. Estamos na Luta”, escreveu o atleta que terminou 2020 com objetivos alcançados mas sem a competição olímpica que tanto almeja, mas que ficou adiada para 2021 face à pandemia de covid-19.
2020 não foi um ano mau em termos de resultados desportivos, embora a pandemia tenha condicionado bastante a prestação de todos os atletas. Em setembro, na Taça do Mundo que decorreu na Hungria, Pimenta arrecadou a medalha de ouro em K1 1000 metros, distância onde o canoísta espera poder alcançar a medalha de ouro nos próximos Jogos Olímpicos do Japão.
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Para além do ouro em K1 1000 metros, Pimenta trouxe também o ouro nos K1 5000 metros e a prata em K1 500 metros. Esse foi o único evento internacional da temporada e Fernando Pimenta ‘arrasou’, alcançando ainda a centésima medalha internacional da carreira, feito único para atletas portugueses.
Aos 31 anos, Pimenta sabe o que é vencer em alta escala desde 2005, quando fez parte da equipa que conquistou o ouro em K4 500 metros, no Festival Olímpico da Juventude. Ao longo dos 15 anos em ‘alta roda’, conquistou 13 medalhas em campeonatos do mundo, 24 na Europa, quatro nos Jogos Europeus, duas nas Universíadas e, claro, a almejada medalha olímpica, essa de prata, nos Jogos Olímpicos de Londres, em K2 1000, em parceria com o bracarense Emanuel Silva.