Era suposto tratar-se de mais um negócio de arrendamento de férias normal, mas acabou por se tornar um pesadelo para o proprietário de um apartamento nas Marinhas, em Esposende, que acabou sem receber o valor acordado e com o recheio da casa roubado.
Em março, no início da pandemia de covid-19, uma mulher na casa dos 40 anos, que será de Braga, contactou, através do Facebook, o proprietário do referido apartamento, alegando que desejava passar uma temporada, com a filha, que terá entre 10 e 13 anos, num local com jardim e piscina, comprometendo-se a pagar 500 euros por 15 dias.
Ao que O MINHO apurou junto de fonte próxima da vítima, ao entrar na casa, alegou ter perdido o cartão multibanco e, portanto, só nos dias seguintes poderia fazer o pagamento acordado. Foi a primeira de muitas desculpas dadas ao longo de várias semanas.
Com a entrada do país em estado de emergência, a alegada burlona terá protelado a saída, chegando mesmo a alegar que a filha estaria infetada com covid-19. Terá, inclusivamente, mostrado documentos falsos para o tentar provar.
As semanas foram passando, até que o proprietário do apartamento deu um prazo definitivo para a saída e pagamento das rendas em dívida: 10 de junho.
A mulher terá saído do apartamento no dia 8 de junho, mas levando com ela todos os móveis (sofá, mesa de jantar e cadeiras, uma cama e colchões, entre outros), bem como louças, eletrodomésticos e objetos de decoração.
A casa terá ficado praticamente vazia, ascendendo o prejuízo a cinco mil euros, ao qual acresce o valor de renda que ficou por pagar que chega aos três mil euros.
Para além disso, conforme a mesma fonte contou a O MINHO, a alegada burlona foi recebendo e abrindo o correio do proprietário, inclusive cartões de multibanco, os quais tentou utilizar, mas sem sucesso.
Aos vizinhos do prédio, terá dito que teria comprado o apartamento e lhe tinham sido oferecidos os móveis. Terá, também, ganhado confiança com alguns deles e pedido dinheiro, supostamente para comer, através da filha menor. E ter-se-á apoderado de um portátil que uma vizinha lhe emprestara para a filha assistir às aulas online.
A vítima apresentou queixa na GNR de Esposende, confirmou a O MINHO fonte oficial do Comando Distrital de Braga, acrescentando que o inquérito segue agora os trâmites legais.