A requalificação da Igreja do Espírito Santo, Arcos de Valdevez, orçada em milhão de euros, vai começar até meados de abril para criar no templo um centro interpretativo do Barroco, disse hoje o presidente da Câmara local.
Segundo o social-democrata João Manuel Esteves, “a abertura do concurso público deverá acontecer até final do ano para que a empreitada possa arrancar, no terreno, até à Páscoa de 2017, num investimento muito próximo de um milhão de euros, e cuja candidatura aos fundos do Norte 2020 já foi aprovada”.
“Trata-se de um dos mais importantes exemplares do Barroco no Alto Minho e, segundo os especialistas, dos mais significativos do país”, sublinhou o autarca.
O projeto de reabilitação daquele templo, classificado como imóvel de interesse público, vai permitir, especificou, a criação no concelho de um centro interpretativo do barroco no Alto Minho.
Aquele centro, “integrado no próprio monumento religioso de grande valor estilístico, cultural e arquitetónico, é uma aposta da autarquia dos Arcos de Valdevez, que pretende assim promover a recuperação do edifício e do valiosíssimo espólio arquitetónico”, referiu.
A empreitada pretende ainda “potenciar o uso cultural, com programa alusivo ao estilo artístico do Barroco e divulgar junto do público em geral e do educativo o conhecimento da arte, da sociedade e do pensamento da época barroca”.
O projeto “contempla a utilização de novas tecnologias de realidade aumentada e virtual para dar a conhecer esta igreja e outras da região, bem como o enquadramento histórico e social da época Barroca”.
O centro interpretativo a criar em Arcos de Valdevez terá uma porta de entrada na Rede do Barroco no Alto Minho.
O projeto está orçado em mais de 978 mil euros e a comparticipação comunitária é superior a 831 mil euros.
No âmbito na intervenção a realizar no templo, a Câmara de Arcos de Valdevez anunciou hoje a adjudicação, por quase 70 mil euros, de um estudo histórico e arqueológico que vai permitir “a avaliação de áreas que serão afetadas pela requalificação, caracterizando as sequências estratigráficas contemporâneas, mas também as pré-existentes à construção do edifício religioso”.
Será ainda realizado “o acompanhamento específico durante toda a obra, prevendo possibilidades de ocorrências arqueológicas e patrimoniais”, especificou o município”.
“A componente de investigação histórica neste projeto terá como objetivo o enquadramento do templo enquanto monumento representativo do Barroco no contexto regional minhoto, assim como na obtenção, análise e interpretação de dados, que serão adaptados aos conteúdos a disponibilizar pelo centro interpretativo”, referiu.
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