O árbitro Jorge Costa foi contemplado com um cartão branco em jogo de futebol de formação, disputado no fim de semana, na Vila das Aves, Santo Tirso.
O momento insólito ocorreu no jogo do escalão de Iniciados, entre o AVS Futebol SAD e o 1.º de Maio Figueiró.
O episódio ocorreu depois de, a meio da primeira parte, um atleta do 1.º de Maio Figueiró ter levado uma bolada na barriga, tendo ficado no chão. O árbitro Interrompeu o jogo, notando que o jovem estava com falta de ar, tentou perceber se estava consciente, pois segundo o mesmo, parecia que o jogador ia iniciar um ataque de ansiedade.
Entretanto, o jogador começou a ficar pálido, dando sinais que se preparava para ter uma quebra de tensão e o juiz da partida pediu ajuda aos delegados, para “irem buscar água e açúcar”.
O jogo esteve interrompido cerca de dez minutos, “mas, entretanto, começou a voltar a ele e a ganhar cor” e foi possível retomar a partida, acrescentou o árbitro, que acabou por desempenhar o papel de fisioterapeuta até ao apito final.
Já no final do jogo, um diretor do 1.º de Maio Figueiró pediu-lhe o cartão branco. “Pelos vistos era o pai do atleta. Não sabia. Pediu-me o cartão e entregou-o ao capitão da equipa, que me o exibiu perante a equipa adversária e os adeptos dos dois clubes, que me aplaudiram”, contou, citado em publicação no Facebook do Plano Nacional de Ética no Desporto.
Este gesto foi “uma surpresa” para Jorge Costa. “Nos dias de hoje não é muito normal para um árbitro. É mais normal o insulto, do que o elogio pelo nosso gesto. O cartão branco foi, sobretudo, em agradecimento por aquilo que fiz. Mas faço-o em outros jogos e já o tinha feito porque, além de árbitro sou humano e coloco-me no lugar dos outros”, concluiu.