António Variações vai ser homenageado com um concerto, uma exposição de fotografia e uma palestra, a acontecerem entre Amares, onde nasceu, há 71 anos, na freguesia de Fiscal, e Braga.
Esta quinta-feira, a Galeria de Artes e Ofício de Amares recebe, pelas 21h30, duas iniciativas.
A primeira, “António Variações e o poder do sonho”, é uma comunicação assinada por Manuela Gonzaga, a primeira biógrafa de António Variações e autora do único livro publicado em Portugal sobre a vida e obra do artista. O momento contará também com a presença de Rui Miguel Abreu, jornalista especializado em música, que já publicou vários artigos sobre António Variações, incluindo um recente trabalho de investigação na revista Blitz sobre os primeiros passos da carreira do cantor.
A segunda iniciativa, “As Variações de António”, é uma exposição de fotografias da autoria de Teresa Couto Pinto, autora das mais icónicas imagens do artista que aqui vai expor três dezenas de retratos, muitos deles inéditos, que proporcionam uma visão privilegiada do artista durante o auge criativo da sua carreira.
Na sexta-feira, 4 de dezembro, a iniciativa transita para Braga. O Teatro Circo será palco, pelas 21h30, de um concerto especial – “Variações entre Braga e Nova Iorque”, um coletivo dirigido por Samuel Úria e os amigos Tiago Cavaco, Selma Uamusse e Rui Pregal da Cunha.
“Variações – Entre Braga e Nova Iorque” pretende homenagear este criador pós-moderno num dos pólos da sua inspiração artística, a cidade de Braga, que apontava como símbolo da sua ligação a uma nítida portugalidade que hoje inspira uma nova geração de músicos e cantores a expressar-se na sua própria língua e a assumir ligações às nossas raízes.
Esta iniciativa reúne o trabalho de diversos artistas e autores. Desenhos, palavras, imagens e sons servem para pintar uma imagem de Variações no presente coletivo que nos define. Em torno do aniversário do seu nascimento – a 3 de dezembro de 1944 no lugar de Fiscal, Amares – a organização pensou num conjunto de atividades que procuram ilustrar não apenas o valor decisivo da sua obra como a sua continuada influência nos destinos musicais e artísticos das novas gerações.
António Variações morreu aos 39 anos, a 13 de junho de 1984.