Antiga mina de Cerveira vai ser recuperada

Covas
Foto: DR

A recuperação ambiental de antigas áreas mineiras de Vila Nova de Cerveira, Castelo de Paiva, Oliveira de Azeméis e Vila Pouca de Aguiar, de 19 milhões de euros, vai ser financiada em 14,5 milhões, foi hoje divulgado.

Em comunicado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) explica que o programa regional de financiamento europeu Norte 2030 aprovou o apoio a projetos de eliminação de passivos ambientais que preveem a descontaminação de solos e de água, a recuperação ecológica e paisagística e a reabilitação e salvaguarda de património material e imaterial associado à atividade mineira.

O investimento em áreas dos distritos de Aveiro, Viana do Castelo e Vila Real, superior a 19 milhões de euros, é financiado em 14,5 milhões de euros pelo FEDER”, refere a CCDR-N.

Nas antigas áreas mineiras de Covas, em Vila Nova de Cerveira, e de Jales, em Vila Pouca de Aguiar (Vila Real), estão previstas “medidas de reabilitação hidrológico-ambiental orientadas para a eliminação e isolamento de matéria contaminante e contaminada e para a separação das águas de boa qualidade das águas ácidas e poluídas”.

“Este projeto, com o apoio de 4,8 milhões de euros, representa um investimento total de seis milhões de euros”, de acordo com a CCDR-N.

Entre 1942 e 1984, em Covas, decorreu, de forma regular, a exploração mineira de volfrâmio.

Na antiga área mineira do Pintor, em Oliveira de Azeméis (Aveiro), o foco é a “recuperação da biodiversidade através da criação de condições para o favorecimento da instalação de espécies autóctones”.

Nesta área está prevista a descontaminação do terreno, estabilização de taludes, contenção da erosão e do escorrimento superficial, recuperação da permeabilidade e a recuperação paisagística e ecológica.

O projeto integra ainda o tratamento dos efluentes da mina através de três lagoas de precipitação em cascata e a recuperação das antigas chaminés, estruturas de elevado valor patrimonial devido à singularidade da solução construtiva, acrescenta a CCDR-N.

Esta iniciativa, com o apoio de seis milhões de euros, representa um investimento total de sete milhões de euros.

O terceiro projeto, em Castelo de Paiva (Aveiro), incide na primeira fase de intervenção na antiga área mineira de Pejão/Germunde e conta com um investimento de cinco milhões de euros, financiado em 3,7 milhões de euros.

Está prevista “a recuperação e salvaguarda de património associado à atividade mineira e a criação de um centro de visitas”.

Por outro lado, contempla “a descontaminação e recuperação do poço Germunde I e das escombreiras adjacentes, bem como a recuperação ecológica e paisagística da área mineira e o estudo hidrológico e hidrogeológico mineiro”.

A isto, soma-se “a monitorização da qualidade da água e o estudo de descontaminação e reabilitação da zona industrial da área mineira do Pejão/Germunde”.

Citado no comunicado, António Cunha, presidente da CCDR-N, sublinha que as intervenções são “há muito ambicionadas pelas comunidades locais e terão um forte impacto na qualidade de vida e na economia daqueles municípios, incluindo nos seus indicadores ambientais”.

“São projetos como estes que evidenciam a importância da política de proximidade na gestão do financiamento europeu”, destacou.

 
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