Ficou com o seu Toyota Yaris riscado na pintura, diferentes pontos, quando estava estacionado no parque para cidadãos com deficiência, na praia fluvial de Adaúde, em Braga.
Domingos, de 55 anos, de Braga, portador de deficiência, adiantou a O MINHO que deu com as riscadelas, que atingiram as portas laterais, os guarda-lamas e mesmo o capot, quando se preparava para regressar a casa, na última quinta-feira.
“É lastimável” Estou revoltado e espantado! Mas, mais ainda, quando se aproximaram de mim outras quatro pessoas que ali costumam ir banhar-se ou apanhar a fresca, cujos veículos também tinham sido vandalizados do mesmo modo, ou seja, riscados, sendo que um deles, um emigrante, tinha um carro novo, um Peugeot”, disse.
O cidadão ligou, então, para a GNR de Braga para comunicar a situação, tendo-lhe sido dito que uma patrulha passava no local, com frequência, e até tinha multado, há dias, várias viaturas mal aparcadas, ou que estavam em lugares destinados a pessoas com necessidades especiais”.
A vítima recusou-se a ir ao posto da GNR, dizendo que, “de nada valeria”, mas instando os militares a averiguar o que se passa na zona.
“ A minha interpretação, e a de outras vítimas, é a de que, há pessoas, sem princípios de civismo, que se vingam pelo facto de terem sido multadas no local, numa ótica de que, se eu não posso parara também não para ninguém”, afirmou.
Questionado pelo o O MINHO, o Tenente-Coronel Adriano Rocha do Comando de Braga disse que, desconhece os casos referidos, já que as alegadas vítimas não fazem queixa.
Garantiu que uma patrulha da Guarda passa frequentemente na área de lazer, mas não diariamente por falta de recursos humanos, fazendo-o numa postura de prevenção e visando, também, as más práticas de estacionamento.
“Ainda esta semana, passamos algumas coimas. Os condutores querem levar o carro quase até ao rio, mas o espaço não chega. Por isso, aparcam onde calha e, em algumas praias, em frente a garagens de moradores, o que os leva a chamar a GNR”, explicou, vincando que já houve desacatos por causa deste tipo de situações.
Ao nosso jornal, a vereadora Olga Pereira, que tutela a Polícia Municipal, disse que este organismo fez uma parceria com a GNR para partilharem a fiscalização dos parques fluviais de lazer . “Mas não podemos ter um Polícia em cada esquina”, sublinhou.