Alícia Correia disse hoje que, apesar da vitória por 4-1 na primeira mão do primeiro play-off de qualificação para o Europeu de 2025, a seleção feminina de futebol tem que mostrar o favoritismo dentro de campo.
Portugal venceu, na sexta-feira, o Azerbaijão, em Baku, e recebe, na terça-feira, a partir das 19:45, no Estádio do Vizela, a equipa azeri, na segunda mão, em busca de um lugar no segundo e decisivo play-off de acesso ao Euro2025.
A defesa esquerda, que já cumpriu o “sonho” de jogar na Liga dos Campeões [eliminatórias de acesso à fase de grupos] pelo seu clube, o Sporting, e tem um novo grande objetivo – “estar no Euro” -, garantiu que a equipa nacional não pensa já na fase seguinte e que mantém o foco no jogo com as azeris.
“Não nos adianta de nada pensar já na próxima ronda quando temos ainda um jogo. Temos que continuar a trabalhar. Favoritas? Não digo que sejamos favoritas, nós é que temos que criar esse favoritismo, como fizemos no primeiro jogo”, disse na entrevista rápida antes do treino matinal na cidade desportiva do Sporting de Braga, no qual marcou presença o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes.
Em caso de seguir em frente, Portugal defrontará a duas mãos, na última etapa de acesso ao Europeu, a República Checa ou a Bielorrússia, sendo que as checas venceram fora por 8-1 na primeira mão e estão, por isso, com ‘pé e meio’ na fase seguinte.
Alícia Correia, de 21 anos, que entrou perto do fim do primeiro jogo, disse que, acima de tudo, Portugal quer “melhorar” o que fez na capital do Azerbaijão.
“Sabemos que foi um bom jogo da nossa parte no Azerbaijão, [mas] que não é um adversário fácil. Nós é que, talvez, tornámos o jogo mais fácil para nós, mas queremos melhorar e continuar focadas para passar este play-off”, afirmou.
A seleção nacional apontou quatro golos, mas para Alícia Correia, um dos aspetos a melhorar pode ser mesmo a finalização, considerando que Portugal pode “marcar mais”.
Portugal igualou no Azerbaijão o recorde de nove jogos seguidos sem perder e, em caso de ‘pontuar’ na terça-feira, estabelece uma nova marca, superando o registo conseguido entre 2010 e 2011.
“Falamos sobre isso, sim, claro, que é um objetivo a que queremos chegar. É muito bom estar imensos jogos sem perder e é algo que nos passa pela cabeça. Seria ótimo bater esse recorde”, assumiu.
Jogar em casa, com lotação quase esgotada, é algo que “ajuda sempre”.
“Queremos mostrar o nosso futebol a toda a gente, na televisão ou no estádio, e é sempre um apoio e uma força extra, é muito importante que venham e, se possível, que esgote o estádio”, disse.
Só Stephanie Ribeiro ficou de fora do treino, ainda a recuperar de lesão, sendo dúvida para terça-feira.
A seleção portuguesa procura alcançar a terceira participação seguida no Europeu feminino, depois das presenças em 2017 e 2022, nas quais foi eliminada na fase de grupos. Antes, falhou esse objetivo em todas as edições em que disputou o apuramento, desde 1984.
Portugal já passou a fase inicial de qualificação, ao vencer o Grupo 3 da Liga das Nações B, que integrava também a Irlanda do Norte, a Bósnia-Herzegovina e Malta, com cinco vitórias e um empate.