As placas de fibrocimento contendo amianto ainda resistem em, pelo menos, 150 escolas do país, numa altura em que a Provedoria de Justiça exige ao Ministério da Educação a divulgação da listagem oficial com as escolas que ainda estão nessa situação.
Apesar de a lista oficial ainda não ter sido divulgada, nem se saber se alguma vez será, o Sindicato de Todos os Professores (STOP), que fez um levantamento exaustivo sobre a matéria, divulgou uma listagem (a mais extensa que se conhece) com as escolas que se acredita ainda conterem este tipo material nas infraestruturas.
O sindicato salienta que não estão todas as escolas afetadas, mas que este será o valor mais aproximado relativamento ao “amianto escolar” e que, cada vez mais, aumenta a pressão sobre o ministério para que resolva esta questão.
Segundo o STOP, sindicatos, movimentos, associações de pais e de alunos, Provedoria de Justiça, entre outros, estão a insurgir-se contra a falta de medidas, uma vez que o amianto “é comprovadamente cancerígeno e coloca em risco milhares de alunos e profissionais escolares.
Viana do Castelo, Guimarães e Barcelos são os concelhos do Minho com mais casos (duas escolas cada).
Listagem:
Distrito de Viana
Escola E.B. 2,3 Monte da Ola (Viana do Castelo)
EBI de Castelo de Neiva (Viana do Castelo)
Escola Básica e Secundária de Sidónio Pais (Caminha)
Escola Secundária dos Arcos de Valdevez (Arcos de Valdevez)
Distrito de Braga
E. B. 2,3 Júlio Brandão (Famalicão)
E.B. da Gandarela (Celorico de Basto)
E.B. Arco de Baúlhe (Cabeceiras de Basto)
Escola Básica Secundária Vieira de Araújo (Vieira do Minho)
Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso (Póvoa de Lanhoso)
Escola Secundária de Barcelinhos (Barcelos)
Agrupamento de Escolas Gonçalo Nunes (Barcelos)
Escola E.B. 1/JI de Casais Brito (Guimarães)
EB1/JI N.S. da Conceição (Guimarães)
EBI de Forjães (Esposende)
Escola JI/EB1 do Coucinheiro (Braga)
Dgeste adia divulgação da listagem
Citada pelo jornal Público, a Provedoria da Justiça refere ter já pedido ao Governo “a listagem de todos os estabelecimentos escolares já identificados como apresentando coberturas em placas de fibrocimento contendo amianto, e o seu posicionamento no plano cronológico de intervenção”.
A provedoria diz que “desde 2017 foi recebida perto de uma quinzena de queixas relacionadas com o amianto, muitas delas apresentadas por associações de pais quanto à situação em estabelecimentos de ensino”.
A Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares (Dgeste) foi a última entidade a ser abordada sobre esta matéria, já em fevereiro de 2020, após solicitação da associação ambiental ZERO, mas não houve divulgação da listagem.
“Os documentos solicitados (…) constam de processos ainda não concluídos pelo que (…) não estão ainda em condições de ser disponibilizados”, disse a entidade governativa.