Um grupo de advogados requereu o afastamento da juíza que está a presidir ao julgamento dos exames teóricos fraudulentos das cartas de condução e cuja leitura do acórdão está já marcada para esta sexta-feira de manhã a partir das 10:00, no Palácio da Justiça de Braga.
Na base da solicitação formal, dirigida ao Tribunal da Relação de Guimarães, mas que só subirá àquela segunda instância com o despacho da própria visada, juíza Luísa Alvoeiro, está o facto de aquando do adiamento da primeira data para proferir o acórdão, ter sido já distribuído um enunciado com os factos que o Tribunal Coletivo considera provados, mas os advogados consideram essa atitude “precipitada e por não poder ser antes do acórdão”.
A juíza-presidente, Luísa Alvoeiro, foi assim alvo de um pedido de recusa, entregue esta semana, o que na perspetiva dos advogados subscritores do requerimento, poderá mesmo no limite, levar pelo menos ao adiamento do acórdão, mas O MINHO soube que continua marcada a leitura para dentro de poucas horas, ocasião em que todos saberão a decisão da magistrada judicial, que só então deverá revelar o seu despacho a propósito deste pedido.
Os advogados Germano Vasconcelos e Brochado Teixeira estão entre os contestatários, a par de Artur da Silva Carvalho, Reinaldo Veloso Martins, José Tinoco e Sílvia Sousa Leite, mas outros causídicos poderão juntar os seus protestos antes do início da audiência.
De acordo com o enunciado distribuído pela juíza-presidente, Luísa Alvoeiro, ao qual O MINHO teve acesso, ao longo das suas 15 páginas, prevêem-se não só condenações para os principais arguidos, como uma perda, a favor do Estado, de quase um milhão de euros.