Declarações dos treinadores após o jogo Vitória-Portimonense (2-0), da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Guimarães:
Ivo Vieira (treinador do Vitória): “É fundamental entrar bem no jogo. O meu desejo era que isso se mantivesse durante o jogo todo, mas durante 70% ou 80% da partida isso não aconteceu. Os jogadores tiveram muito mérito na entrada forte e poderiam ter marcado mais um golo. Depois, o jogo ficou muito equilibrado, contra um clube que considero ter um dos melhores plantéis da I Liga. A entrada a ganhar foi fundamental, porque conseguimos anular alguma mais-valia do Portimonense.
Não permitimos grandes oportunidades de golo. Há uma em que o Douglas faz uma defesa à ‘queima’. Era um jogo em que era fundamental ganhar. Precisávamos muito de ganhar, para acrescentar pontos à tabela. O objetivo do jogo foi conseguido. Não posso dizer que estou realizado com o jogo que fizemos. Os jogadores sacrificaram-se e trabalharam, mas acho que se deve ganhar com mais qualidade e com mais consistência.
[O Ola John e o Marcus Edwards, extremos do Vitória envolvidos nos dois golos] são dois jogadores diferentes. Temos jogadores que procuraram mais a profundidade, como o Davidson, o Rochinha e o André [Pereira]. Estes são mais refinados com a bola no pé. O Ola tem essa qualidade e teve um período muito longo a recuperar de lesão.
Quero dar uma palavra de apreço ao departamento médico, que fez um excelente trabalho com o Ola John e está a fazer também com o André André e com o Wakaso. Temos um plantel muito rico, que tem tido algum défice nos jogadores com quem podemos contar”.
António Folha (treinador do Portimonense): “[O golo sofrido no início do jogo] Não condicionou a estratégia. Mas qualquer entrada em jogo fica sempre condicionada quando se sofre daquela maneira. Facilitámos e sofremos muito cedo. Não tirando mérito à jogada, poderíamos ter evitado [o golo]. A equipa reagiu, tentou manter-se fiel à identidade e tivemos um ou outro lance em que poderíamos ter empatado. Mas, na primeira parte, cometemos alguns erros com bola e permitimos que os jogadores do Vitória acelerassem para a nossa linha defensiva e pudessem ter feito mais um ou outro golo.
Na segunda parte, tentámos chegar à igualdade e sofremos um golo que não deveria ter acontecido, porque tínhamos muita gente na defesa, não tirando mérito a quem o fez. Eram dois golos evitáveis. Não conseguimos pontos. Estamos tristes por isso, mas vamos continuar a trabalhar para voltar às vitórias.
Tomou-se a decisão correta [quanto ao golo anulado pelo videoárbitro ao Portimonense, por fora de jogo]. Se estava fora de jogo, está tudo bem, nem que a gente espere. Agora, que se espere e se decida bem sempre. É isso que eu espero para o futebol português: que seja sempre. Já vi golos serem anulados com ‘unhas pequenas’ e golos com as ‘unhas grandes’ a valerem”.