“Acho que 31 pontos já dá para garantir o objetivo de permanência”

Tulipa

Declarações dos treinadores após o jogo Portimonense-Vizela (0-1), da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:

– Tulipa (treinador do Vizela): “Não foi, nem de perto nem de longe, o melhor jogo que a equipa fez. Entrámos no jogo com algumas dificuldades. Acho que o campo e a relva um pouco seca não proporcionaram que o nosso jogo fosse mais fluido. Algum mérito também do adversário, que se organiza bem e tem jogadores muito fortes a nível tático, muito resistentes e muito pressionantes.

Depois, o jogo ditou a expulsão. Não abdicámos de jogar, e tínhamos de ser pacientes para tentar desmontar o adversário, que não foi fácil. Durante o jogo, muito poucas vezes conseguimos desmontar o adversário. Nós não somos uma equipa de cruzamentos e, possivelmente, deve ter sido o jogo em que mais cruzamentos fizemos.

Mas fomos inteligentes, porque estes jogos são difíceis de jogar. O adversário, em função da sua expulsão, readaptou-se muito bem, com uma linha a cinco a fechar a largura, dois médios e dois avançados perigosos nos momentos de transição. Mantivemos os nossos equilíbrios e acabámos por ser felizes, num lance de cruzamento, que não é muito hábito.

Felicidade pelo resultado, pelo trabalho e competência dos jogadores, pela forma como crescem de jogo para jogo e após uma semana que não foi fácil, porque o último resultado em casa [derrota por 3-0 com o Braga] não espelha o que fizemos. É isso que um treinador quer, que a sua equipa saiba reagir, não perca o foco e consiga, o mais rápido possível, chegar aos seus objetivos.

Na minha opinião, acho que 31 pontos vai dar para garantir o objetivo de permanência [Vizela tem 32]. Mas também não ligo muito a isso. Quero é que no próximo jogo, contra o Casa Pia, consigamos preparar a equipa para rapidamente também chegar a uma vitória em casa, que já nos faz falta.”

– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Os números explicam bem o que foi o jogo, daí esta angústia, esta frustração.

Tanto tempo, desde os 19 minutos reduzidos a dez, [e] acabámos o jogo com um número considerável, a mais, de remates do que o adversário.

Entrámos muito fortes, criámos muitas complicações ao Vizela até ao momento da expulsão, o que valoriza o que a equipa fez. Porque o Vizela é uma excelente equipa de futebol e tem-lo provado ao longo do campeonato. Nós não lhe demos qualquer hipótese, entrámos fortíssimos.

E depois jogámos tanto tempo reduzidos a dez, num lance [da expulsão] precedido de uma falta sobre o Yony [González], na minha opinião, que podia ter evitado aquele lance do [Pedro] Sá. Para depois, aos 95 minutos, ir perder o jogo com um lance infeliz do Seck, de autogolo [Liga atribuiu golo a Raphael Guzzo].

É muito ingrato para aquilo que o grupo trabalhou, para aquilo que o grupo fez. Mas o espírito está ali, a capacidade está lá. Penso que, apesar do resultado, demos uma imagem muito forte daquilo que podemos ainda vir a fazer neste campeonato.

Houve um adepto que, particularmente, gritava mais do que os outros e me ofendia. Tem todo o direito de gritar para me mandar embora. Agora para me ofender, nos olhos, tem de ter um pouco de cuidado, porque a gente amanhã cruza-se aí e depois pode dar mau resultado.”

 
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