Carteiros de Braga e Famalicão em greve contra a “sobrecarga de serviço”

Os trabalhadores dos centros distribuição postal de Famalicão e Braga iniciaram esta terça-feira uma greve parcial que se prolonga até dia 18 para alertar a direção dos CTT para a “sobrecarga de serviço” no local de trabalho, indicou fonte sindical.

Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) em 66 profissionais de distribuição, vulgarmente conhecidos como carteiros, que laboram em Braga, 62 aderiram à greve, enquanto em Famalicão 31, de um total de 33, também pararam nas primeiras duas horas do primeiro período de trabalho.

Os trabalhadores avançam que existe sobrecarga de serviço nestes centros de distribuição, referem que o recurso a dobra de giros é “sistemático” e que a empresa “não paga o tempo de trabalho efetivamente prestado”, conforme se lê no pré-aviso de greve enviado à direção dos CTT.

José Sá, do SNTCT, explicou que quer em Braga, quer em Famalicão, “há falta de trabalhadores”, pelo que os carteiros que estão no ativo “cedem a prolongar o horário por sentirem que não devem ficar com a correspondência por distribuir, abdicando por exemplo do descanso de almoço, mas essas horas não chegam a ser pagas pela empresa”.

O responsável sindical avançou que a situação já foi reportada à Autoridade para as Condições de Trabalho, arrastando-se há “cerca de dois anos, mas agora com maior gravidade”, também devido à não substituição de trabalhadores que estão ausentes por doença, acidente ou outras situações.

O regresso do serviço de “Express Mail” (SEM) ao circuito da distribuição “também contribui”, disse José Sá, para a “sobrecarga anormal de serviços” e para o facto dos trabalhadores dos centros de Braga e Famalicão terem “mais de 200 dias de férias de 2015 por gozar”.

O SNTCT estima que os CTT necessitam para esta função de cerca de 800 trabalhadores a nível nacional, apontando como necessários “pelo menos o reforço de 12 em Braga e 6/7 em Famalicão”.

Fonte da empresa avançou que os “CTT continuam em contacto com as organizações representativas dos trabalhadores de modo a encontrar um entendimento comum”.

“Os CTT preveem que as consequências desta greve parcial sejam mínimas ou até não sentidas pela população, dado que a distribuição está assegurada no restante horário, sendo que os CTT reorganizaram os seus processos nos últimos dias de modo a não deixar correio por entregar”, referiu a empresa em resposta escrita.

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