O chefe de divisão sócio cultural e desportiva da Câmara de Vila Nova de Cerveira, Nuno Correia, e Camilo Ramos, com “fortes” ligações ao concelho, são os novos diretores da Fundação da Bienal de Cerveira.
De acordo com fonte autárquica contactada esta terça-feira, os elementos do Conselho Diretivo da fundação que organiza a Bienal Internacional de Arte, foram aprovados por unanimidade, na segunda-feira, em reunião ordinária do executivo municipal.
A mesma fonte adiantou que “os novos elementos que agora vão assumir o Conselho Diretivo já conheciam os cantos à casa, quer por anteriores funções, quer por ligações às artes, à Bienal e a Vila Nova de Cerveira”.
A direção daquela estrutura, e face à alteração dos estatutos aprovada em outubro último pelo município, passou a ter, “em vez de um diretor executivo dois coordenadores, um com competências na área artística/produção e um outro na área administrativa e financeira” que vão ser nomeados após a entrada em funções do novo Conselho Diretivo em janeiro 2016.
As mudanças introduzidas na orgânica da Fundação foram justificadas com a “necessidade de existir uma maior agilização do relacionamento entre a autarquia e a fundação”
A nomeação da nova equipa surgiu na sequência da aceitação, pela Câmara Municipal, “do pedido de termo de representação apresentado pelo vice-presidente e diretor artístico, o pintor Henrique Silva, que evocou razões pessoais, e pelo vogal Correia da Silva, que justificou a decisão com a imposição do Banco de Portugal”.
Henrique Silva e Correia da Silva estavam há mais de dois na direção que agora cessa funções e que organizou a 18ª Bienal de Arte que terminou em setembro último.
A Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mais antiga do país, realiza-se desde 1978 e tem recebido, nas últimas edições, entre 80 mil a 90 mil visitantes.
O presidente da Câmara Municipal, Fernando Nogueira “continuará como presidente do Conselho Diretivo, Nuno Correia será o vice-presidente e, por nomeação do Conselho de Fundadores, Camilo Ramos irá ocupar o cargo de vogal da direção”.
O autarca sublinhou “o fim de um ciclo de enorme qualidade e a abertura de uma nova etapa que acarreta inúmeros desafios”.
“Deixo um voto de louvor ao trabalho desempenhado por esta equipa que integrava o professor Henrique Silva ao longo destes dois anos, culminando numa Bienal de Arte que correu o mundo pela sua grandiosidade. Enalteço um grande vulto das artes, um grande homem e um grande amigo que deu tudo de si para alcançar o brilhantismo”, frisou.
Tal como aconteceu com a anterior direção, “os cargos não serão remunerados, tendo a duração do atual mandato autárquico”.
Promover a arte contemporânea no plano nacional e internacional, organizar as bienais de arte, sendo que a próximo se realizará em 2017, gerir a conservação do espólio da Fundação, criar o Museu da Bienal de Cerveira e apoiar o empreendedorismo criativo, é a missão da Fundação Bienal de Cerveira.