O principal suspeito de assaltar um estudante em Barcelos com recurso a uma arma de fogo é Romão da S., de 44 anos, natural de Lisboa, mas a residir em Vila do Conde, distrito do Porto. Foi detido após investigação da Polícia Judiciária de Braga que contou com o relato da vítima, que reparou em vários pormenores importantes para identificar o agressor, como uma tatuagem com o próprio nome.
Como O MINHO noticiou, o Tribunal de Instrução de Guimarães determinou, hoje, a prisão preventiva do homem, por estar “fortemente indiciado” do referido crime.
Guiava um carro da marca Opel e terá, a 21 de março passado, pelas 15:30, abordado um homem, Helguera P., que caminhava sozinho na Rua Padre Alfedo Rocha Martins, junto a uma escola, para lhe “pedir uma informação”.
Aí, o ofendido abeirou-se do veículo, tendo sido agarrado pela camisa pelo arguido que lhe apontou uma pistola de cor preta ou objeto em tudo semelhante a uma arma de fogo. Foi, então, obrigado a entrar para o banco traseiro do carro, ao que acedeu por temer pela própria vida.
O arguido ia de calções, sendo visível que usava prótese de substituição numa das pernas, bem como uma camisa de manga curta onde era visível num braço a palavra Romão, o próprio nome.
Dentro do automóvel, o alegado ladrão pediu à vítima que lhe desse todos os valores que tinha consigo, tendo esta dito que nada trazia. Aí, o outro revistou-o e encontrou uma bolsa com 210 euros, que lhe tirou.
A seguir, desagradado com o facto de a vítima lhe ter mentido, deu-lhe duas bofetadas na cara e ordenou-lhe que saísse, pondo-se, de seguida, em fuga.
O despacho judicial diz que o arguido tem já várias condenações, em grande parte por crimes de roubo, sendo que se encontrava em liberdade condicional até julho próximo, depois de cumprir parte de uma pena de sete anos de prisão, a que foi sentenciado, em 2018, pela prática de dois crimes de homicídio na forma tentada.
A O MINHO, o seu defensor, o advogado bracarense João Ferreira Araújo, disse que vai recorrer da medida de coação por a considerar “excessiva”.