Seis planetas alinhados para ver no sábado? “É apenas (e mais uma vez) ‘treta’ astrológica”

Casa da Ciência de Braga desmistifica o fenómeno
Foto: DR

Tem sido noticiado, em vários sites, que no próximo sábado, 25 de janeiro, vai haver um “Alinhamento Planetário”, com seis planetas – Marte, Júpiter, Urano, Neptuno, Vénus, Saturno – que poderão ser vistos a olho nu. Porém, o Planetário – Casa da Ciência de Braga já veio desmistificar o fenómeno: “É apenas (e mais uma vez) ‘treta’ astrológica”.

“O alinhamento planetário de 25 de janeiro, para que fique esclarecido, é apenas (e mais uma vez) “treta” astrológica que efetivamente nada contribui para a divulgação e compreensão da Astronomia”, refere aquele Centro de Ciência Viva numa publicação na sua página de Facebook.

E vinca: “É absolutamente normal termos sempre alguns planetas visíveis no céu à noite.
Desde há uns meses para cá, que podemos observar o planeta Júpiter, o planeta Vénus (ao fim da tarde), o planeta Saturno e ainda Marte – que são facilmente observáveis no céu a olho nu”.

“Num telescópio apenas Júpiter e Saturno poderão ter algum interesse. Ao mesmo tempo temos também, algures no céu, os planetas Urano e Neptuno (que não são detectáveis a olho nu com a mesma facilidade). Na verdade nem Úrano nem Neptuno tem grande interesse observacional. Mesmo com um telescópio de grande dimensão, a sua observação, numa ocular, é muito menos interessante do que aquilo que vemos em Saturno, Vénus ou em Júpiter”, acrescenta a publicação.

Assim, o Planetário – Casa da Ciência de Braga resume: “No final do mês de janeiro temos a possibilidade de ver vários planetas no céu durante a mesma noite. No entanto isso não é nada de tão invulgar. Por tudo isto nada de confusões (nem de ilusões) sobre mais uma particularidade astronómica absolutamente normal que, mesmo sendo interessante, não significa que estejamos perante um acontecimento astronómico de relevância excepcional”.

E conclui: “O anunciado ‘espetáculo no céu’ está lá já há algum tempo e vai continuar a estar (mais vezes) nos próximos anos. Não é preciso esperar pelo dia 25 de janeiro para desfrutar da sua observação nem, depois disso, perdemos uma oportunidade de os voltar a observar no futuro”.

 
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