Declarações após o jogo Estrela da Amadora-SC Braga (0-1), da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje no Estádio José Gomes, na Amadora:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Há um efeito natural do impacto das substituições no jogo, que estava encaixado. O Estrela da Amadora estava compacto e sólido, não arriscava muito na frente e não havia espaço entrelinhas e nas costas. Tivemos alguma dificuldade em ter jogo entrelinhas e em ganhar vantagem no último terço.
A entrada do Gabri Martínez na esquerda foi com a intencionalidade de ganhar mais um jogador ofensivo no corredor, empurrando o Danilo Veiga um pouco para trás e explorando o espaço na esquerda. Felizmente, conseguimos criar várias oportunidades, as suficientes para estarmos descansados, contra uma equipa muito difícil.
Contrariamente a todas as outras, nesta época a minha intenção é fazer de cada jogo o último das nossas vidas e prepará-los estrategicamente para vencer o jogo. É o que temos feito, com mais ou menos nota artística, mas não pensamos muito no destino. Estamos concentrados no caminho. É um ano difícil, houve uma reestruturação muito grande, com muitas entradas de jogadores. Fomos à ‘final four’ da Taça da Liga, vamos lutar pela competição europeia, continuamos na Taça de Portugal e estamos em quarto lugar. Depois, no fim, logo se vê, mas estamos muito satisfeitos.
As vitórias dão corpo, mas tenho de estar muito atento. No passado, tivemos vitórias excelentes e depois sofremos quebras. A exigência tem de ser a mesma e não nos podemos distrair. O foco, a concentração e a determinação têm de estar sempre lá”.
– José Faria (treinador do Estrela da Amadora): “Sinto que devíamos ter sido mais competentes. Temos sofrido alguns golos de bola parada, estamos pouco agressivos e a pagar a ‘fatura’ de alguma imaturidade da equipa. Mais uma vez, num lance de bola parada, deixámos um jogador do Braga sozinho a finalizar, quando devia ter uma marcação individual. É algo que temos trabalhado e alertado. Quando assim é, não posso pedir justiça. Foi incompetência nossa.
Somos uma equipa que costuma marcar, principalmente em casa, mas, com um adversário com a grandeza do Braga, seria talvez o jogo de dificuldade mais acrescida. Queríamos esperar o melhor momento para ferir o adversário e podia perfeitamente ter acontecido, pois tivemos uma grande ocasião do Diogo Travassos. Não conheço outro caminho que não o do rigor para continuarmos a melhorar.
O Miguel Lopes e o Ferro já estão disponíveis há algum tempo, mas tem muito a ver com as opções. É muito fácil meter o Tiago Gabriel a jogar, mas é difícil meter o Ferro, com o historial que tem, no banco. O Ferro e o Miguel percebem que, independentemente da sua história, comigo são todos iguais e merecem o mesmo respeito. Jogam os que achamos que devem jogar. O Dramé está bem, o Rúben Lima está muito consistente e o Tiago Gabriel a aparecer num nível alto. Tenho de escolher”.