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O Gil Vicente venceu hoje o FC Porto por 3-1, em jogo da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, num resultado que agudiza a crise dos ‘dragões’, que sofreram a terceira derrota seguida.
Pablo, aos 11 minutos, inaugurou o marcador por os barcelenses, e, apesar de Gonçalo Borges, aos 48 minutos, ainda ter recuperado o empate para os portistas, Josué Sá, aos 53, e Félix Correia, de grande penalidade, aos 90+4, selaram o triunfo dos minhotos, que jogaram em superioridade numérica na parte final, após expulsão de Nico González.
Com este desaire, o FC Porto, que depois das derrotas com Sporting (Taça da Liga) e Nacional (I Liga), encaixou o terceira derrota seguida, perdeu o segundo lugar do campeonato, baixando para terceiro, com 40 pontos, menos um que o Benfica, segunda classificado, e menos quarto do que o líder Sporting.
Já o Gil Vicente, que somou o sexto jogo consecutivo sem derrotas na I Liga, subiu ao nono lugar, agora com 22 pontos, provando a sua habilidade de ter bons resultados em casa, onde já tinha travado, com empates, Sporting e Sporting de Braga
Para este desafio, o FC Porto apresentou-se com várias alterações no ‘onze’, as mais relevantes com as entradas de Danny Namaso e Fábio Vieira para os lugares de Rodrigo Mora [no banco] e Pepê [foras das escolhas], e até entrou com intenção, protagonizando o primeiro sinal de perigo.
Logo aos nove minutos, na sequência de um canto, um cabeceamento de Samu foi intercetado, em cima da linha de golo, por Sandro Cruz, num momento de calafrio para os gilistas, que tiveram uma reação letal.
Isto porque aos 11 minutos, num lance de contra-ataque, Fujimoto, solicitado por Félix Correia, encontrou uma brecha na defesa portista, para esboçar um cruzamento que Pablo desviou para o 1-0.
O FC Porto lidou mal com a madrugadora desvantagem, e, com um futebol pouco esclarecido nas combinações ofensivas, foi-se tornando uma ‘presa fácil’ para a coesa defesa dos barcelenses, que, apesar de mais focados nas tarefas defensivas, ainda rondaram o segundo golo, perto da meia hora, num ‘falhanço’ de Tidjany Touré.
Mesmo com este novo susto, o FC Porto não conseguia ganhar tração nos seus momentos de ataque, e não fosse um remate, por cima, de Danny Namaso, já perto do intervalo, e não teria lances ofensivos para serem revistos no tempo de descanso.
Para tentar colmatar essa pecha, o técnico dos dragões, Vítor Bruno, mexeu no reatamento lançando Gonçalo Borges para o lugar do inoperante Galeno e a aposta teve efeitos imediatos, porque, logo aos 48 minutos, o extremo justificou a confiança e num lance onde aproveitou um ressalto na defesa gilista, rematou cruzado para o 1-1.
O Gil Vicente, que ainda no primeiro tempo tinha visto o treinador Bruno Pinheiro ser expulso por protestos, sentia, nesta fase, mais dificuldades para suster os ímpetos portistas, mas voltou a ter uma eficaz reação.
Através de um canto, aos 53 minutos, o central Josué Sá recolou a equipa na frente do marcador, num desvio precioso a uma prévia assistência de cabeça do companheiro do eixo Rúben Fernandes.
Novamente em apuros, os ‘dragões’ tiveram de forçar a pressão sobre o adversário, mas voltaram a sentir dificuldades na definição final, com pouca pontaria nos remates à baliza de Andrew.
As contrariedades para os ‘azuis e brancos’ avolumaram-se na parte final do desafio, pois já depois de Nico González ter sido expulso, com vermelho direto, os portistas ainda introduziram a bola na baliza gilista, por Gonçalo Borges, aos 89 minutos, mas o lance viria a ser invalidado.
Isto porque momentos antes, o central portista Otávio tinha rasteirado na área o recém-entrado Santi Garcia, levando o VAR a rever todo o lance, acabando por ser anulado o golo que daria o empate aos ‘dragões’ e ser sancionada uma grande penalidade a favor do Gil Vicente.
Na cobrança do castigo, já aos 90+4 minutos, Félix Correia não desperdiçou a oportunidade e fechou o resultado com o 3-1, aumentando a instabilidade no adversário, que viu Samu ser expulso, já depois do apito final, por protestos com o árbitro, e os adeptos portistas, na bancada, a mostrarem a insatisfação com a equipa e com o treinador.
Resumo
Ficha de Jogo
Jogo no Estádio Cidade de Barcelos.
Gil Vicente – FC Porto, 3-1.
Ao intervalo: 1-0
Marcadores
1-0, Pablo, 11 minutos.
1-1, Gonçalo Borges, 48.
2-1, Josué, 53.
3-1, Félix Correia, 90+4 (grande penalidade).
Equipas
– Gil Vicente: Andrew, Zé Carlos (Marvin, 90+5), Josué, Rúben Fernandes, Sandro Cruz, Cáseres, Mory Gbane, Fujimoto (Santi, 57), Tidjany Touré (Mboula, 57), Félix Correia (Aguirre, 90+5) e Pablo (Cauê dos Santos, 78).
(Suplentes: Brian, Marvin, Buatu, Castillo, Santi, Mboula, Cauê dos Santos, Kazu e Aguirre).
Treinador: Bruno Pinheiro.
– FC Porto: Diogo Costa, João Mário (Tiago Djaló, 69), Nehuén Pérez, Otávio, Francisco Moura, Stephen Eustáquio, Nico González, Fábio Vieira (Rodrigo Mora, 69), Namaso (Gül, 64), Galeno (Gonçalo Borges, 46) e Samu.
(Suplentes: Cláudio Ramos, Tiago Djaló, Zaidu, Vasco Sousa, André Franco, Alan Varela, Rodrigo Mora, Gonçalo Borges e Gül).
Treinador: Vítor Bruno.
Árbitro: Fábio Veríssimo (Leiria).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Fábio Vieira (24), Zé Carlos (25), Cáseres (29), Félix Correia (39), Nico González (43), João Mário (55), Namaso (60), Stephen Eustáquio (87) e Gonçalo Borges (após o fim do jogo). Cartão vermelho direto para Nico González (85) e Samu (após o fim do jogo).
Cartão vermelho para o treinador do Gil Vicente, Bruno Pinheiro (44).
Assistência: 7.412 espetadores.