Declarações dos treinadores do Famalicão e do Sporting no final do encontro da nona jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Vila Nova de Famalicão:
– Armando Evangelista (treinador do Famalicão): “Na primeira parte tentámos e conseguimos estancar o que é o jogo ofensivo do Sporting. Conseguimos importunar de alguma forma o Sporting.
Na segunda parte, acabei por gostar do Mathias, o que trouxe ao jogo, mas as características são diferentes do Gustavo. Tínhamos de ir por outros lados. Depois, num lance individual de um jogador que está motivadíssimo, recebe na área e faz o primeiro. O segundo é um lance num ressalto, que não conseguimos tirar aquela bola. Acho que, a partir daí, as coisas ficaram mais difíceis.
Apesar disso, criámos a melhor situação de golo do Famalicão com o Liimatta. Poderíamos voltar ao jogo se tivéssemos marcado. Não aconteceu e, depois, fomos abaixo. O Sporting começou a dominar com posse e criar mais dificuldades ainda. Acho que esse lance do Liimatta acaba com o jogo.
Tenho de olhar para o copo meio cheio. Há trabalho a fazer. Temos muitas jornadas pela frente. Não acaba à nona jornada. Estamos consistentes defensivamente. Há que continuar. Há sempre coisas a trabalhar quando trabalhamos numa estrutura como esta. Ganhámos o último jogo para a taça e agora temos que olhar em frente e continuar. O que tem sido feito tem sido assimilado. Hoje foi um jogo ingrato, difícil, mas o campeonato continua. Perdemos mas queríamos ganhar e isso ninguém nos tira.
Ainda não sei a gravidade da lesão do Gustavo. Levou uma pancada forte no pé. Ainda não houve tempo para avaliar. Espero que não seja grave porque o Gustavo faz-nos falta. É um jovem que precisa de jogar e é uma mais-valia deste plantel”.
– Rúben Amorim (treinador do Sporting): “O Quenda é um miúdo muito talentoso, concentrado, com os pés bem assentes na terra. Tem de melhorar muito na finalização. Não sabia desse pormenor de que era o mais novo de sempre a marcar. Ele teve a oportunidade no início da época e não deu hipótese de eu ter dúvidas. Vai ser um grande jogador mas vamos dar tempo.
Sobre o jogo, mantivemos a consistência. Soubemos o que fazer. Não entrámos em pânico. Faltou alguma definição. Mas mais uma vez marcámos três golos, não sofremos e não demos quase oportunidades. Gostei muito da reação na segunda parte, entrámos da mesma maneira. Não houve oscilações. Estão de parabéns e agora é pensar na Taça da Liga.
Não gosto de dizer imbatível. Temos sido consistentes e temos uma rotina e não nos perdemos com pensamentos se vai dar ou não. Sabemos como o jogo vai acontecer e podemos ganhar ao não. A nossa forma de jogar mantém-se mais consistente. Mas basta um resultado negativo para tudo mudar e temos essa consciência. Os jogadores são muito talentosos e ajuda muito a equipa jogar desta forma.
A lesão do Nuno Santos é grave. É a má notícia do jogo. Foi feio. É alguém que já passou por duas roturas de ligamentos. Nós estaremos cá para ajudar. E voltará porque precisamos muito dele.
Se há posição onde durmo descansado se ele [Morita] está é no meio-campo. É muito difícil deixar um jogador daqueles no banco. Eles estão num nível muito alto, estão quase todos ao mesmo nível”.