Um homem detido pela GNR de Braga, por maltratar a antiga companheira, em Vila Verde, ficou esta terça-feira proibido de contactar por qualquer meio com a vítima e de aproximar-se a menos de 500 metros da sua residência e do local de trabalho.
À saída do Palácio da Justiça de Braga, o advogado João Araújo Silva, defensor do suspeito, recusou prestar declarações, mas apenas concordando com as medidas coativas aplicadas ao seu cliente, afirmando que “no devido tempo tudo será esclarecido”.
O arguido, de 32 anos, motorista de longo curso, solteiro, natural e residente em Vila Verde, está indiciado por um crime de violência doméstica, perpetrado contra a antiga companheira, de 42 anos, que veio do Porto para o Minho viver com o suspeito.
A vítima residiu cerca de um ano com o arguido, na freguesia de Oleiros, em Vila Verde, mas, entretanto, desentenderam-se, tendo a mulher arrendado uma outra casa, também no concelho de Vila Verde, na sequência da separação ocorrida entre ambos.
Segundo apurou O MINHO, ao longo das últimas semanas, o indivíduo, especialmente quando ingeria bebidas alcoólicas, em tom ameaçador dirigia-se à nova residência da ex-companheira, insultando-a e causando danos na casa que a vítima arrendou.
A intervenção da GNR de Braga, através do seu Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE), sediado na Vila de Prado, em Vila Verde, começou quando as investidas do ex-companheiro subiram de tom e eram cada vez mais graves.
Numa das ocasiões, o camionista, que passava muitos dias fora de casa, apareceu na nova moradia da vítima, afirmando que a ex-companheira tinha “amantes” e “se vestia de forma escandalosa”, pedindo-lhe para guardar pertences seus em casa da “ex”.
Numa fase posterior, o indivíduo passou algumas noites dentro do automóvel à porta da vítima, tendo uma manhã entrado na residência da ex-companheira, despedindo-se e indo para a cama da vítima, que de imediato fugiu de casa e foi chamar a GNR.
Em outra ocasião, o suspeito, natural da freguesia da Lage, em Vila Verde, terá ameaçado a ex-companheira que iria “pegar fogo” à vítima, ao mesmo tempo que proferia insultos sempre contra a mesma mulher, mãe de três filhos, que moram no Porto.
