O estado de alguma degradação em que se encontra o pavilhão desportivo do campus de Gualtar, da Universidade do Minho, em Braga, não põe em risco a segurança dos seus frequentadores.
A garantia foi dada hoje a O MINHO, por João Ribeiro, responsável pelo Departamento do Desporto e da Cultura dos Serviços de Ação Social da Universidade, a propósito do comunicado da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), expressando, a sua “grande indignação e preocupação com o incêndio ocorrido na madrugada de hoje no Pavilhão de Gualtar da UMinho, em Braga”.
“Um incêndio, originado por um curto-circuito, deflagrou enquanto estudantes preparavam o ‘Acolhimento aos Novos Estudantes’, dentro do pavilhão, colocando em risco a segurança da comunidade académica. Felizmente, não houve feridos, mas o ocorrido evidencia uma situação insustentável: anos de negligência em relação às condições das infraestruturas universitárias”, diz o organismo associativo que reivindica obras de requalificação do espaço.
Sobre estas críticas, João Ribeiro diz que o incêndio se deu após um curto-circuito num foco luminoso, mas realça que foram ativados, de imediato, os mecanismos de segurança previstos, como o corte da luz elétrica, e chamados os bombeiros, que extinguiram as chamas.
Diz que, os danos causados pelo sinistro, oriundos sobretudo do fumo, ainda não estão avaliados, mas calcula que possam ter afetado 20 por cento da estrutura.
No que toca à reivindicação da AAUM de realização de obras no pavilhão, construído há mais de 20 anos, o responsável universitário diz que foi feito, há um ano atrás, um diagnóstico sobre asnecessidades de intervenção, nomeadamente na nave principal que está fechada.
Adianta que há problemas na cobertura, há infiltrações de água – embora não chova – e no piso do pavilhão.
Sublinha que foi feito um orçamento para as obras – cujo montante não divulga devido à volatilidade atual dos custos na construção civil – mas sublinha que não há data para o seu começo.
“Arrancam logo que haja disponibilidade orçamental”, referiu.
Apesar dos constrangimentos, diz que a atividade desportiva continua, mormente em termos de ginásio, e garante que a Universidade partilha das preocupações dos estudantes.
Há anos que exigem obras
E acrescenta: “Há anos que os estudantes e restantes utentes exigem obras de requalificação no pavilhão, mas as suas vozes não têm sido ouvidas! Neste sentido, a AAUMinho exige que as obras de requalificação no Pavilhão, prometidas para agosto, mas não cumpridas, sejam iniciadas imediatamente. É imperativo que a Universidade coloque o Desporto, a Saúde e, acima de tudo, os estudantes no centro das suas prioridades”.
Para a associação universitária, “é importante sublinhar que a Universidade do Minho é reconhecida como uma das melhores do país no que se refere ao Desporto Universitário. Esta distinção é fruto de muito trabalho, dedicação e do empenho dos nossos estudantes-atletas e das equipas desportivas. Para que possamos continuar neste bom caminho, é essencial andar para a frente e nunca para trás”.
E, a concluir, reclama: “São urgentes obras no pavilhão, é urgente priorizar o Desporto e a Saúde na UMinho, é urgente priorizar os seus estudantes”.