O professor de uma escola do ensino básico da Póvoa de Lanhoso, indiciado de mais de dois mil crimes de abuso sexual contra crianças e um de pornografia de menores, contra alunas suas, está já isolado dos outros reclusos, para a sua própria segurança.
O homem de 50 anos de idade está, desde o final da manhã desta quinta-feira, em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional Regional de Braga, decidida pelo Tribunal Criminal de Braga, após diligências nas quais não quis prestar declarações.
O professor é suspeito de ao longo de cerca de sete anos consecutivos, em contexto de sala de aulas, ter abusado de dez alunas com idades de seis e nove anos, através de beijos, de toques em partes íntimas e de conversas de cariz sexual com as meninas.
A forma como rapidamente, esta quarta-feira, foi conhecida a sua detenção e a amplitude os crimes cujo autoria que é atribuída pela Polícia Judiciária de Braga, levou a que a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais tomasse medidas de imediato.
Segundo apurou O MINHO, o professor encontra-se já desde que entrou naquele estabelecimento prisional, isolado numa cela, sem quaisquer contactos com outros reclusos, a fim de evitar problemas, por o preso se tratar de um alegado abusador sexual.
Tudo isto porque entre a população recluída todos os violadores e outros abusadores sexuais são sempre alvo de represálias, porque no código de ética dos presos, não são admissíveis crimes de natureza sexual e os seus autores deverão ser agredidos.
A Polícia Judiciária de Braga, seguindo as melhores práticas neste tipo de situações, assim que recebeu a comunicação de uma escola da Póvoa de Lanhoso, em poucas horas ouviu as alunas, traçou um perfil do suspeito e avançou a seguir para o terreno.
A brigada da PJ de Braga, liderada pelo inspetor-chefe Raul Torres, percebeu que os abusos sexuais eram continuados e podiam voltar a acontecer, pelo logo no dia seguinte à denúncia formal, os inspetores deslocaram-se de manhã cedo à escola em causa.
Nas buscas, realizadas de forma discreta, mas ao mesmo tempo eficiente, os inspetores da Polícia Judiciária de Braga, durante uma das diligências, aprenderam-lhe o computador com diversos filmes pornográficos, fotos de menores nus e outras imagens.
Entretanto, o coordenador da Polícia Judiciária, António Gomes, recomendou para que todos os responsáveis por menores se encontrem sempre bem atentos a todos os sinais que possam ser manifestados por menores eventuais vítimas de crimes sexuais.