BE questiona Governo sobre bairro social em Arcos de Valdevez onde chove dentro das casas

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O BE questionou hoje o Governo sobre quando pretende intervir no Bairro do Sobreiro de Giela, em Arcos de Valdevez, e qual o motivo para o Instituto da Habitação e da Recuperação Urbana não responder às solicitações dos moradores.

Numa pergunta dirigida a Governo, assinada pela deputada do Bloco de Esquerda (BE) Isabel Pires, o partido questiona o Ministério da Habitação sobre se tem conhecimento das condições de habitabilidade “que não são admissíveis” naquele bairro, construído nos anos 70 do século XX, que colocam os “moradores em risco de saúde”.

Como O MINHO noticiou, numa carta enviada à imprensa, os moradores no bairro social do Sobreiro denunciam as condições “desumanas” em que vivem e acusaram o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e a câmara de Arcos de Valdevez de não intervirem nas habitações.

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Na missiva, os moradores daquele bairro destacam a “falta de infraestrutura adequada, serviços básicos e de condições habitacionais mínimas” com que vivem e alertam que é fundamental que os responsáveis pela gestão pública reconheçam a necessidade urgente de intervenção”.

Segundo relata o BE, os moradores já reportaram os problemas do bairro ao IHRU “mais de 100 vezes”, mas não obtiveram qualquer resposta.

Por isso, a deputada bloquista questiona o ministério de Marina Gonçalves sobre “o que leva a que o IHRU não responda às sucessivas solicitações dos moradores para deslocação deste instituto ao local para resolução de problemas de manutenção”.

A deputada quer ainda saber se o Ministério da Habitação “reconhece que o Bairro do Sobreiro está em avançado estado de deterioração” e sobre “quando é que o Governo pretende intervir no parque habitacional”.

O parque de habitação social do Sobreiro, descreve o BE, é composto por 33 fogos de tipologia T3, distribuídos por três edifícios, sendo que o município de Arcos de Valdevez é proprietário de três fogos de tipologia T3.

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Contactado quinta-feira pela Lusa, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, reconheceu que os moradores “têm razão”, mas sublinhou que o bairro é propriedade do IHRU, organismo a quem cabe reabilitar os edifícios.

“As pessoas têm razão. As habitações nos três edifícios, construídos na década de 70/80, têm infiltrações e outro tipo de problemas que deveriam ser tidos em consideração. Já foram referidos várias vezes, quer pelos moradores quer pela Câmara Municipal. Já mostrámos a nossa disponibilidade para colaborar na melhoria das condições de habitabilidade”, frisou.

 
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