Câmara de Braga lança concurso para residência universitária na fábrica Confiança

Projeto de 25 milhões
Antiga fábrica Confiança, em Braga. Foto: Sérgio Freitas / CM Braga

O Executivo da Câmara de Braga analisa e vota em 09 de janeiro, na primeira reunião do vereadores de 2023, o projeto arquitetónico da transformação da antiga fábrica de sabonetes Confiança, em residência universitária com mais de 700 camas, um investimento de 25 milhões de euros com fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A vereadora Olga Pereira revelou a O MINHO que se o projeto for aprovado, avança-se para o lançamento do concurso público, o que deve acontecer ainda no primeiro trimestre: “Se tudo correr como planeado, a obra arranca no final de 2023, para ficar pronta um ano depois”, disse.

O Município, que tem a parceria da Universidade do Minho, a entidade que irá gerir a residência, espera que seja possível fazer a obra com os 25 milhões disponibilizados pelo PRR, isto tendo em atenção que os empreiteiros têm sido obrigados a fazer revisões (em alta) de preços, devido à inflação.

O estudo arquitetónico, que prevê a manutenção da fachada e de alguns equipamentos fabris, engloba, além dos quartos, um restaurante, ginásio, spa, assim como salas de trabalho e de lazer. Abrange ainda uma zona exterior ao edifício.

É resposta à falta de camas

O investimento, que envolve, ainda, o Instituto Politécnico do Cávado e Ave, com sede em Barcelos, vem responder à falta de camas para estudantes universitários que se sente em Braga.

Atualmente, os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) disponibilizam 1.399 camas nas quatro residências universitárias existentes em Braga e Guimarães.

A opção pela transformação em residência estudantil mereceu a oposição de uma Plataforma de Cidadãos, que pretendiam que fosse um centro cultural, aberto às associações da cidade. Proposta que a Câmara entendeu ser inexequível.

O edifício foi adquirido pelo município no tempo da gestão de Mesquita Machado (PS), e esteve à venda por 3,6 milhões de euros. Mas a hasta pública ficou deserta, o que levou Ricardo Rio a aceitar a sugestão da UMinho, a de construção de uma residência.

 
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