Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Gil Vicente (3-1), da 10.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Chaves:
Ivo Vieira (treinador do Gil Vicente):“Não entrámos bem no jogo. Tínhamos preparado aquilo que era a estratégia nas transições do [Desportivo de] Chaves, onde é muito forte. Sabíamos que, independentemente de ainda não ter ganhado em casa para o campeonato, é uma equipa que oferece dificuldades, que tem qualidade e que nos criou problemas nos primeiros 10 minutos, com duas a três situações perigosas de oportunidades de golo. Depois, estancámos, acabámos por controlar o jogo, ter mais bola e conseguimos entrar em vantagem no jogo.
Até ao final da primeira parte, acho que estávamos a ser consistentes naquilo que era o jogo e confortáveis no mesmo. Obviamente que a saída de um jogador por expulsão condicionou-nos um pouco aquilo que era a estratégia. Sabíamos que o Chaves ia entrar forte para correr atrás do resultado, porque estava em vantagem. Não esperávamos sofrer o golo logo no primeiro minuto [da segunda parte]. Isso pôs aquilo que era o nosso objetivo para o jogo em causa e acabámos por consentir mais dois golos, mas os jogadores trabalharam, lutaram, mesmo com 10, tentaram chegar à frente, mas não fomos capazes de fazer mais golos.
Tenho de assumir aquilo que é o momento da equipa, a falta de produção em termos de resultados dos últimos três [jogos]. Não posso dizer que isto não fere, não chateia, não intranquiliza a equipa, porque acontece, obviamente. São três resultados negativos, mas o que nos resta é trabalhar, fazer mais e melhor, para conseguir resultados diferentes. Não há outra receita”.
Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves):“Creio que preparámos bem o jogo durante a semana. Sabíamos que íamos defrontar uma equipa bem orientada, que sabe o que faz, com boas individualidades. Sabíamos que teríamos de ser uma equipa no máximo das nossas capacidades, muito concentrada e focada em todos os momentos do jogo.
Creio que entrámos muito bem e tivemos duas ou três situações na ‘cara’ do guarda-redes. O Gil Vicente acabou por chegar à vantagem num momento em que acho que estávamos melhor, a controlar o jogo. Depois, surge a expulsão, mas, ainda antes disso, tínhamos tido várias oportunidades em que podíamos ter marcado e adiantado o marcador mais do que uma vez.
Ao intervalo, falámos que teríamos de ser a mesma equipa que tínhamos sido na primeira parte durante a segunda parte. Algumas das vezes, quando o treinador chega ao balneário ao intervalo, sente a necessidade de dar um raspanete ou um ‘abre olhos’ aos jogadores para que eles tenham uma atitude diferente, mas, neste caso, foi mais [para lhes] dar confiança e dizer-lhes que tínhamos de manter a organização, acontecesse o que acontecesse, mesmo que conseguíssemos chegar ao empate e à vantagem porque, só assim, poderíamos vencer o jogo. Tínhamos de acreditar, ser pacientes e trabalhar a bola.
Creio que o facto de termos entrado muito fortes e termos [conseguido] logo o golo do empate ainda deu mais tranquilidade à equipa. Foi um jogo que acabámos por vencer bem, por 3 a 1. Ainda tivemos mais uma ou outra oportunidade flagrante em que podíamos ter marcado, mas, no cômputo geral, creio que fizemos um bom jogo e merecemos inteiramente a vitória.
(Subida ao nono lugar da tabela classificativa) Transporta a mesma responsabilidade que temos tido desde o primeiro treino até agora. Sabemos que quando somos uma equipa muito focada, muito concentrada, que põe em campo a alma transmontana, que somos uma equipa forte.
Temos 15 pontos, sabemos que o caminho ainda é longo e, por isso, temos de somar pontos para chegar ao nosso objetivo primordial, que é consolidar o [Desportivo de] Chaves nesta I Liga. Sabemos que jogando bem estamos mais perto de ganhar e hoje fizemos um jogo fantástico”.